A incidência de sífilis em Joinville é oito vezes maior do que a média nacional, de acordo com dados da prefeitura. A maior cidade de Santa Catarina tem uma média de 400 casos a cada 100 mil habitantes, enquanto em âmbito nacional o número é de 50 pessoas a cada 100 mil moradores.

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Segundo o município, o maior índice de diagnóstico se deve também porque Joinville incentiva a testagem e mantém um trabalho intenso de capacitação dos servidores, em conformidade com os protocolos de saúde.

Em número gerais, a cidade confirmou 2.183 casos de sífilies no ano passado, enquanto neste ano foram 1.258 pacientes com a doença até agosto. A maior faixa etária atingida pela doença no município é a de 20 a 29 anos de idade e em seguida a de 30 a 39 anos, de acordo com informações da Secretaria Municipal da Saúde.

A sífilis é uma infecção causada por uma bactéria. Ela é transmitida por relações sexuais desprotegidas, sangue, da mãe para o filho em qualquer fase da gestação, no momento do parto (sífilis congênita) ou pela amamentação. 

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O secretário da Saúde, Andrei Kolaceke, explica que uma das principais formas de prevenção da sífilis é fazer o tratamento adequado porque, a partir do início do uso de antibióticos, o paciente deixa de transmitir a doença.

— A sífilis pode se manifestar com diversos sintomas, mas o mais característico deles são algumas lesões de pele e também lesões específicas nos órgãos genitais, que geralmente são indolores. Essas lesões podem sumir depois de um determinado período e permanecer por muito tempo sem sintomas — explica.

Importância do diagnóstico e tratamento

Ele complementa que a sífilis é uma doença com progressão muito lenta, o que faz muitas pessoas não perceberem a presença. Porém, é importante que o paciente procure uma unidade de saúde assim que perceba qualquer sintoma.

— Todos os medicamentos e testes indicados para sífilis são gratuitos e disponíveis nas unidades básicas de saúde. A secretaria quer conscientizar a população para aderir ao maior método de prevenção que é o uso do preservativo, também gratuito e disponível nas unidades — reforça Kolaceke. 

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A pessoa que tiver sífilis e não realizar o tratamento corre o risco de ser infectada com várias outras doenças e ainda ter complicações que podem levar à morte.

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