O final de semana teve registros de chuva em algumas áreas do Pantanal. Longe de recuperar e apagar todo o estrago trazido pelos incêndios, a chuva trouxe um certo alívio e ajudou a matar a sede dos animais que sobreviveram. Mas nem todas as chamas foram apagadas. 

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Enquanto isso, repercute a reportagem do Fantástico, deste domingo, que teve a acesso às informações do inquérito da Policial Federal que busca os responsáveis pelos incêndios. Com a ajuda de imagens de satélite, os agentes identificaram o início de alguns focos. A principal suspeita é de que, nos casos investigados, a ação tenha sido criminosa.

 Atear fogo na pastagem para renovar o pasto é uma prática comum, mas o problema é que com a seca e o vento, as chamas se alastraram por fazendas vizinhas, atingiram reservas ambientais, mataram animais silvestres e devastaram a vegetação nativa. 

Em uma das regiões mais preservadas, perto do Parque Nacional do Pantanal, na divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o fogo teria começado de forma criminosa, dentro de fazendas. A investigação começou com a análise de imagens de satélites da Nasa. A PF descobriu que em 30 de junho, quando aparece um primeiro foco de incêndio em uma fazenda, não houve a ocorrência de raios, a única forma de um incêndio começar. 

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No dia seguinte, surgem outros focos, inclusive na fazenda vizinha, e depois em outras. De acordo com Inpe, as queimadas começaram dentro das quatro fazendas e se espalharam, reforçando a suspeita de incêndio proposital. A principal suspeita é que houve o uso indevido do fogo para limpeza das pastagens. 

Esse ano, já queimaram quase 3 milhões de hectares no Pantanal. Os policiais cumpriram mandados de busca e de apreensão nas fazendas e o inquérito ainda está em andamento. A pena pode chegar a mais de 15 anos de prisão por danos ao Pantanal. A policia civil também investiga e tem na mira 35 fazendas.

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