Os incêndios florestais no sul do Chile avançam e já consumiram mais de 40 mil hectares, com focos mais violentos na zona de Quillón, informou nesta terça-feira o Escritório Nacional de Emergências (Onemi). Em todo o país haviam 20 focos de incêndios ativos na tarde desta terça-feira, em uma situação de “extrema vulnerabilidade”, informou o ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter, ao divulgar o último boletim oficial.
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A maior emergência foi registrada na região de Biobío, 500 km ao sul de Santiago, onde quatro focos de incêndio continuam ativos e já arrasaram 21.300 hectares. Na véspera, uma idoso que não quis deixar o lugar morreu queimado em sua casa.
O incêndio ganhou força nas últimas horas devido ao forte vento e às altas temperaturas que foram registradas na região, os mesmos fatores que ajudaram a aumentar as chamas no parque nacional Torres del Paine, na Patagônia chilena, mais de 3 mil quilômetros ao sul de Santiago.
O incêndio no Torres del Paine começou na terça-feira passada e até esta segunda-feira tinha consumido 12.795 hectares. Mais de 700 trabalham no local e é esperada a reabertura parcial do parque nos próximos dias, no setor norte, numa área de 100 a 150 mil hectares, as mais visitadas pelos turistas. A extensão total do parque é de 230 mil hectares.
As autoridades decretaram esta região como “zona de catástrofe” para destinar rapidamente recursos para os afetados. Nas próximas horas, mais brigadistas devem chegar aos locais afetados para tentar controlar o fogo. Um avião transportando deve partir do Brasil levando barris de água, anunciou o governo do país.
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– Pedimos ajuda ao Brasil para o envio de um avião é capaz de transportar uma grande quantidade de água – disse o ministro Hinzpeter.
No sábado, o israelense Rotem Singer, de 23 anos, foi acusado de ter causado o incêndio por agir de forma negligente, tendo sido liberado depois de algumas horas. Ele pode pegar de 40 a 60 dias de prisão e uma multa máxima de 300 dólares. As pequenas punições levaram o presidente Sebastian Piñera a anunciar “uma profunda modificação” na legislação de proteção às florestas. As autoridades regionais, por sua vez, apontaram suas suspeitas para o início simultâneo do incêndio em oito pontos.