Incêndios marcam o final de semana no Vale do Itajaí

O Estado viveu, desde sexta-feira, uma sequência de incêndios que deixou duas pessoas feridas, animais mortos, além de destruir residências, carros e vegetação. As mais graves ocorreram em Itajaí, onde sete casas foram consumidas pelas chamas, e em Chapecó, onde o fogo em um aviário deixou cerca de 12 mil aves mortas.

Pelo Vale do Itajaí, outros três casos de incêndio foram registrados. Em Apiúna, o caso ocorreu no interior da cidade, consumindo cerca de cinco hectares de vegetação. Duas pessoas ficaram feridas. Irene Uller Ferrari, 45 anos, teve várias escoriações pelo corpo e queimaduras superficiais nas duas pernas. Uma outra pessoa também se feriu, mas não chegou a ser encaminhada ao hospital. As vítimas foram atingidas pelas chamas, porque tentaram combater o incêndio.

Em Gaspar, um veículo pegou fogo e atingiu a vegetação às margens da BR-470, no Km 38, próximo ao trevo de acesso ada cidade, às 15h30min de ontem. Guarnições dos bombeiros de Gaspar, Blumenau e Ilhota trabalharam no local para combater as chamas. O trânsito fluiu normalmente e ninguém ficou ferido.

Também na BR-470, desta vez em Ilhota, os Bombeiros Voluntários trabalharam durante cerca de duas horas, no domingo, no início da tarde, para controlar o fogo que tomou conta do mato às margens da rodovia, entre os quilômetros 16 e 18. O trânsito fluiu normalmente, com redução de velocidade no local. Não houve feridos. A suspeita é de que, com o tempo seco, os cigarros jogados pelos motoristas às margens da rodovia tenham causado o incêndio.

Com tempo seco, cuidado deve ser maior

O chefe da equipe de socorro do Corpo de Bombeiros de Blumenau, sargento Valério Pereira, afirma que um dos principais fatores dos incêndios ocasionados em vegetações é o calor, que deixa o mato seco.

– Qualquer chama, por menor que seja, pode se reverter em um incêndio, como chepas de cigarro jogadas às margens das rodovias – explica Pereira.

O sargento alerta que as pessoas tomem cuidado com atitudes como essa. Segundo ele, deve-se evitar também o uso de fogos de artifício direcionados à vegetação e brincadeiras com fósforo. Além de serem necessários cuidados com o uso de fogueiras em acampamentos. Pereira explica que em casos de queima de lixo ou entulhos deve ser feita a limpeza de três a quatro metros da área ao redor para que o fogo não se alastre.