Um bombeiro e dois policiais morreram nesta quarta-feira combatendo as chamas na região do Maule, no sul do Chile, elevando a seis o número de vítimas dos piores incêndios já registrados no país.

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O bombeiro morreu enquanto resgatava uma família de uma casa que estava prestes a ser consumida pelas chamas perto da cidade de Constitución, 280 km ao sul de Santiago, informou Miguel Reyes, presidente Nacional dos Bombeiros do Chile.

“Tentaram sair e as pessoas e outros bombeiros conseguiram sair. Ele ficou preso e as chamas tomaram a casa e ele acabou morrendo”, acrescentou Reyes.

A vítima, Hernán Avilés, de 27 anos, é o primeiro bombeiro a falecer no combate destes incêndios. Ele pertencia ao corpo de bombeiros da comuna de Talagante, em Santiago, e tinha se deslocado junto com outros voluntários para a região de Maule, onde os incêndios consumiram 80.000 hectares de vegetação.

No início da noite, o ministro do Interior, Mario Fernández, informou que “lamentavelmente há mais duas vítimas, dois carabineiros do Chile (encontrados) no rio Maule”.

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As primeiras vítimas destes incêndios, declarados pelo governo como a pior catástrofe florestal da História do Chile, foram três brigadistas, mortos há duas semanas perto da localidade de Vichuquen (centro).

Mais de 4.000 bombeiros, brigadistas, voluntários e militares combatem as chamas em sete regiões do Chile, que consumiram quase 200.000 hectares em uma semana.

Os bombeiros no Chile são voluntários e não recebem salário por seu trabalho.

As regiões centrais de O’Higgins e Maule – sob o estado de catástrofe – são as mais afetadas. Milhares de pessoas foram evacuadas e o fogo matou gado e destruiu pastagens.

Mais de 280.000 hectares foram arrasados por 2.883 incêndios registrados desde julho do ano passado no Chile, segundo a Corporação Nacional Florestal (Conaf).

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