Com a incorporação de um avião-tanque russo, o Chile ampliou, nesta segunda-feira (30), sua capacidade para combater os devastadores incêndios florestais que começam a diminuir, após vários dias de avanço descontrolado.
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A tragédia que varre o Chile despertou a solidariedade de vários países do mundo, que enviaram aeronaves, brigadistas (bombeiros florestais) e maquinaria para ajudar a controlar as chamas.
O avião Ilyushin Il-76 chegou com sua tripulação para permanecer no país “o tempo que for necessário”, começando seu trabalho pela região de Araucanía (sul), afirmou o chanceler chileno, Heraldo Muñoz, encarregado de recebê-lo no aeroporto internacional de Santiago.
A aeronave se soma a outros aviões-tanque enviados por Brasil e Estados Unidos e a mais de 500 de brigadistas e especialistas de países como França, Argentina, Venezuela, Espanha e Peru, entre outros.
Nas últimas horas, o maior foco de emergência se concentrou na comuna de Portezuelo, na região de BíoBío (sul), onde o avanço das chamas levou a evacuações preventivas.
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No domingo (29), 58 focos de incêndio continuavam ativos, informou a Corporação Nacional Florestal (Conaf), acrescentando que 55 estavam sob controle, e 11 haviam sido extintos.
De acordo com a Conaf, milhares de pessoas foram afetadas em dezenas de povoados destruídos pelo fogo. Os hectares em chamas diminuíram de 396.000 para 366.000, segundo o boletim.
Com 11 mortos e mais de 40 pessoas detidas, ou sendo mantidas sob medidas cautelares “por sua eventual responsabilidade em incêndios florestais”, a Justiça trabalha para determinar se os piores incêndios da história do país são de origem criminosa.
Há cerca de 11.000 pessoas mobilizadas no combate ao fogo, entre brigadistas, bombeiros, policiais, voluntários e moradores.
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Cerca de 537.000 hectares foram arrasados durante a temporada 2016-2017, que começou em julho passado, representando 4.776% a mais do que no período entre 2015 e 2016. =
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