A governadora do departamento hondurenho de Comayagua, Paola Castro, afirma ter recebido uma ligação de um preso informando que um colega tinha iniciado o incêndio que matou mais de 300 detentos do presídio local.
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– Ele disse que ouviu um preso dizer: “Vou botar fogo nisso e vamos todos morrer” – afirmou a governadora, que destacou que a ligação foi feita durante o incêndio.
Paola Castro realizou durante anos um trabalho social na penitenciária agrícola, razão pela qual era conhecida por muitos de seus internos e porque existia uma comunicação telefônica direta entre os presidiários e a autoridade política local.
A governadora, que não quis identificar o preso, afirmou que alertou imediatamente os bombeiros e a Cruz Vermelha, mas que os corpos de socorro durante muito tempo não puderam entrar no presídio, sem explicar os motivos dessa situação.
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– O que aconteceu é estranho porque era um centro penal modelo – acrescentou Paola.
Durante a manhã, a segurança foi reforçada em frente ao presídio. Familiares e amigos de detentos forçaram a entrada no portão e entraram em confronto com soldados, que dispersaram a multidão com gás lacrimogêneo. Na Penitenciária Nacional de Comayagua estavam presos 850 homens. Feridos foram levados para hospitais da cidade.