O incêndio no Edifício Joelma, em São Paulo, completa 50 anos nesta quinta-feira (1º). O episódio deixou 187 mortos, mais de 300 feridos e ficou marcado como uma das maiores tragédias do país. As informações sobre o caso foram relembradas nesta quinta pelo portal g1.

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O prédio fica localizado na região do Vale do Anhangabaú, no Centro da capital paulista. Segundo o portal, o incêndio teria começado após um curto-circuito em um ar-condicionado no escritório de um banco, no 12º andar. Depois disso, o fogo se alastrou atingindo cortinas, carpetes e a fachada do edifício.

As chamas começaram por volta das 8h30min de uma sexta-feira, 1º de fevereiro de 1974. Na ocasião, o prédio estava pronto há apenas três anos. Com 25 andares, era na ocasião um dos edifícios mais altos da capital paulista.

Relembre o incêndio no Edifício Joelma em fotos

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Durante mais de três horas, o fogo avançou e destruiu 14 pavimentos. Ainda segundo os registros divulgados pelo g1, botijões de gás nas cozinhas de empresas explodiram à medida em que o fogo avançava.

Helicópteros tentavam resgatar vítimas, mas não conseguiam pousar no topo do edifício porque não havia heliponto. A cobertura existente era de telhas de amianto, que não suportavam as aeronaves. Também não havia escadas de incêndio.

Ainda segundo o g1, mais de 60 pessoas que fugiram para o terraço morreram carbonizadas. Outras se atiraram do prédio, em cenas registradas por câmeras e transmitidas pelas equipes que faziam a cobertura jornalística da tragédia.

Normas para prevenção em prédios

O Edifício Joelma passou por reforma após o incêndio. Atualmente, o imóvel é chamado de Edifício Praça das Bandeiras e é ocupado por salas comerciais. O prédio também carregou a fama de ser “mal-assombrado” após a tragédia.

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O episódio aumentou a preocupação com a falta de estrutura para incêndios em prédios e motivou a criação da primeira legislação de segurança na capital paulista, com regulamentação de prevenção e combate a incêndios.

Um ano após, a Justiça de São Paulo considerou o incêndio criminoso em razão das más instalações elétricas. Um engenheiro, um gerente de uma empresa de ar-condicionado e três eletricistas foram condenados por imperícia, negligência e omissão, segundo relembra o g1.

Em alusão aos 50 anos da tragédia, a Câmara de Vereadores de São Paulo faz solenidade em memória às vítimas e sobreviventes do incêndio.

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