Um incêndio, na tarde desta sexta-feira, danificou uma área equivalente a cinco campos de futebol entre a região do Riozinho e o Cemitério do Bairro Campeche, em Florianópolis.
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Segundo moradores do local, o primeiro foco de chamas começou por volta de 14h. Vários voluntários se juntaram para apagar o fogo, que ia se alastrando em direção às residências, empurrado pelo vento Sudeste. Ninguém ficou ferido, mas a fauna do local cobras, gambás, pássaros, entre outros animais foi atingida.
Galeria de fotos do incêndio no Campeche
A gente chegou a apagar o fogo e voltar para as casas, mas, de repente, ele recomeçou em três pontos diferentes. No meio das cinzas vimos vários animais carbonizados relatou um dos voluntários, o vice-presidente da Amocam (Associação de Moradores do Campeche), Ataíde Silva, 54 anos.
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As guarnições do Corpo de Bombeiros foram chamadas e chegaram ao local perto das 16h, vindas do Estreito, do Centro e da Trindade, além do helicóptero Arcanjo. Mais de 20 mil litros d’água foram despejados sobre a região, composta de vegetação tipo restinga. A lama, as taquaras e a fumaça dificultaram a ação de bombeiros e voluntários, que controlaram o fogo próximo das 20h.
Incêndio criminoso?
Moradores suspeitam que o incêndio no local tenha sido criminoso. A área é considerada área de preservação permanente.
– O fogo descaracterizaria a área e abriria a brecha para as construções – defendeu Ataíde.
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Numa região de difícil acesso para os caminhões, outra dificuldade para o trabalho do Corpo de Bombeiros foi a falta de hidrante para reabastecimento de água. O aparelho mais próximo estava há cerca de quatro quilômetros, no Trevo do Rio Tavares.
– Tivemos que pegar água em condomínios. Se tivesse hidrantes aqui o estrago poderia ter sido menor – avaliou o sargento Antônio Marques.
Hidrante depende de esforço conjunto
De acordo com o gerente regional da Casan, Marcelino Dutra, a empresa é responsável pela instalação dos hidrantes, mas o pedido tem que partir da comunidade, após estudo do próprio Corpo de Bombeiros.
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