O Corpo de Bombeiros de Araranguá, no Sul do Estado, trabalham desde segunda-feira para conter um incêndio em turfas, material orgânico que fica embaixo da terra. Embora não seja possível ver o fogo, que queima no subsolo, a fumaça pode ser vista de longe. O incêndio atingiu uma área de cinco mil metros quadrados. Os bombeiros, entretanto, ainda não sabem o que causou o fogo.
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O incêndio começou em uma área de plantação de eucalipto na Lagoa da Serra, perto da estrada que vai para o Morro dos Conventos. Muitas árvores ficaram com as raízes queimadas e caíram. No subsolo, há a chamada turfa, material orgânico altamente inflamável. Nesta quarta-feira, o vento levou o cheiro de queimado até o centro de Araranguá.
– Esse incêndio ocorre nas raízes, da superfície até abaixo, 40, 50 centímetros, vai queimando pelo solo. A gente não observa as chamas. Esse encaminhamento do fogo vai derrubando algumas árvores e ampliando toda a situação de queima, se ampliando em uma velocidade enorme – explica o sargento do Corpo de Bombeiros de Araranguá, Carlos Cypriano João.
As agências acionadas pelo Corpo de Bombeiros, como a Defesa Civil de Araranguá, a Secretaria de Obras e do Interior de Arroio do Silva e Araranguá já efetuaram isolamento do local para evitar a expansão do fogo. No total, vinte e cinco pessoas estão trabalhando na área.
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A Defesa Civil estuda a possibilidade de estourar dois açudes que ficam perto da área atingida para tentar apagar o fogo. Além disso, a bacia hidrográfica do local foi estudada e constatou-se que há nascentes que podem contribuir no combate às chamas.
– A princípio nós deslocamos máquinas e tratores da Secretaria do Interior para fazer a limpeza ao redor de onde está sendo atingido pelo fogo. Pedimos ajuda da Fama, que é o órgão ambiental do município, e ao prefeito do município, que nos enviou máquinas. Estamos desde sábado monitorando o local – aponta o Coordenador da Defesa Civil de Araranguá, Márcio Honório.
A Fundação Ambiental de Araranguá espera uma explicação do que pode ter acontecido pra autuar os responsáveis e deixa o alerta para a população não provocar queimadas, ainda mais nessa época, que é de seca. Até mesmo jogar lixo na mata pode provocar um incêndio. O lixo pode conter vidro, por exemplo, material que em contato com o sol forte pode iniciar fagulhas, que se transformam em chamas e até em incêndios.
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