Um incêndio atingiu uma das celas da Penitenciária de Florianópolis na tarde desta quarta-feira (15) e matou três homens. Além disso, 43 ficaram feridos e foram encaminhados aos hospitais Governador Celso Ramos e Universitário.
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As vítimas fatais são Robson da Silva, de Ponte Serrada (SC), Danilo Barros, de Salvador (BA) e Geberson de Souza, do Ceará.
O fogo teria sido ateado em colchões da cela 22 de adaptação, na ala de segurança máxima da unidade, por volta das 12h30min, segundo os bombeiros. Ao todo, tinham 46 detentos na ala.
Famílias protestam em frente à penitenciária de Florianópolis após incêndio: “Justiça”
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Segundo o presidente da Comissão de Assuntos Prisionais da OAB de SC, Wiliam Shinzato, as vítimas morreram por intoxicação da fumaça. Todos os três mortos são detentos que estavam na cela onde as chamas começaram. Ainda não se sabe o que provocou o incêndio.
A Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Samu e Polícia Cientifica estiveram no local, e dois helicópteros também atuaram na ocorrência. Ao menos 17 médicos estiveram dentro da penitenciária para atender os detentos e classificar o estado de saúde dos feridos para encaminhamento hospitalar.
Protesto em frente à penitenciária
Familiares dos detentos se reuniram em frente à unidade prisional em busca de informações sobre os presos feridos e mortos. Eles realizaram um protesto pedindo justiça e explicações para o incêndio. Entre gritos de “justiça” e “presos também têm família”, o grupo se desesperou por informações sobre os detentos.
— O pai da minha filha está ali também — gritou uma mulher em frente ao presídio pedindo por informações.
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— Tem que ter explicação [para o incêndio] — implorou outra familiar.

Governo nega motim
O governo de Santa Catarina negou, na tarde desta quarta-feira (15), que um motim tenha causado o incêndio. A informação foi repassada pelo secretário adjunto da Administração Prisional e Socioeducativa (SAP), Neuri Mantelli. Uma investigação apura o que teria provocado as chamas dentro de uma das celas do complexo.
— Não houve qualquer movimento de motim ou rebelião. Ainda não sabemos o motivo do incêndio. Vamos esperar agora o laudo oficial da perícia — afirmou Mantelli.