A cervejaria belgo-brasileira InBev anunciou ontem uma oferta de US$ 46,3 bilhões (US$ 65 por ação) em dinheiro pela americana Anheuser-Busch, dona da Budweiser. Segundo comunicado da InBev, o negócio criaria a maior fabricante de cervejas do mundo e uma das cinco maiores companhias globais de produtos de consumo. Também por meio de nota, a Anheuser-Busch diz que vai avaliar a proposta “levando em conta todos os fatores necessários, como o plano estratégico de longo prazo da empresa, e vai tomar a decisão no tempo certo”.

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Para conseguir fechar o negócio, a InBev informa estar preparada para levantar um empréstimo de até US$ 40 bilhões com um grupo de bancos internacionais. Além disso, diz também estar disposta a vender ativos não-estratégicos e fazer financiamento com garantia de ações (“equity financing”), de forma a não perder o grau de investimento das agências de classificação de risco. A InBev foi formada após a fusão da companhia brasileira AmBev com a belga Interbrew.

No fim de maio, o jornal Financial Times revelou que a InBev estava preparando uma oferta de US$ 46 bilhões pela cervejaria americana. Na época, a reportagem dizia que a InBev partiria para uma oferta hostil caso a Anheuser se negasse a ter conversas amigáveis. A cervejaria é muito vulnerável a compras dessa natureza. A família Busch, fundadora da companhia, não detém mais o controle. Sua participação no negócio é de 4%. A Berkshire Hathaway, holding do investidor Warren Buffett, é a maior acionista, com 5% das ações.