Foram necessários três anos de privação para que o staff do governo do Estado reconhecesse o óbvio: não havia necessidade de manter fechado por tanto tempo o maior teatro catarinense, o Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura, o CIC, na Capital.

Continua depois da publicidade

A constatação é do presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Joceli de Souza, a 40 dias do novo prazo – o terceiro este ano – para a reabertura. O teatro fechou em maio de 2009, mas só foi efetivamente submetido às reformas em janeiro deste ano.

– Foi um equívoco, pois tentaram atacar todas as áreas do CIC ao mesmo tempo. Acabou virando um depósito – disse o presidente da FCC.

Continua depois da publicidade

Só no teatro foram investidos R$ 6,3 milhões, montante previsto na contratação do trabalho. Só que os gastos foram além e consumirão outros R$ 2,1 milhões. Segundo o executivo da FCC, as razões para o acréscimo foram a readequação do projeto, correção de falhas estruturais e reposição de equipamentos furtados, como um compressor para elevação de palco avaliado em R$ 52 mil. Todas as poltronas serão trocadas, passando de 950 para 906 assentos. Só isso consumirá R$ 1 milhão. O Ademir Rosa seguirá como o teatro com maior capacidade de público no Estado e a redução deve-se à segurança, ampliação dos acessos e instalação de poltronas para portadores de deficiência, obesidade excessiva e pessoas com mobilidade reduzida.

– O teatro será entregue com sete meses de antecedência – disse o engenheiro responsável, Jacson Koester.