A inadimplência dos consumidores catarinenses subiu 3,5% no primeiro semestre de 2019, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (12), pela Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e pela Boa Vista/SCPC. Conforme o levantamento, o Estado foi o que teve a maior alta em todo o Brasil que, em termos gerais, apresentou queda na maioria das unidades da federação.

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A análise foi realizada com base nas inclusões de consumidores nos cadastros de proteção ao crédito mantidos pela Boa Vista/SCPC, em 10 municípios catarinenses. Exceto em Lages, onde a taxa de inadimplência caiu 0,7%, houve altas em todas as cidades. Dentre as cidades analisadas, a maior foi encontrada em Blumenau, no Vale do Itajaí, onde o número de pessoas endividadas subiu 7%.

Joinville ficou com o segundo lugar na lista, com aumento de 6,2% na inadimplência, seguida de Rio do Sul, onde o número de pessoas endividadas cresceu 5,8%. Em Florianópolis, a alta registrada foi de 3,6%.

Considerando o acumulado nos últimos 12 meses e as projeções da economia, a pesquisa considera que o Estado vive uma tendência de aumento no número de devedores para este segundo semestre.

Acertando as contas

Por outro lado, enquanto o número de inadimplentes cresceu, a quantidade de pessoas tentando colocar as dívidas em dia também registrou aumento de 5,8% em todo o Estado. As cidades com as melhores médias nessa análise são Blumenau, onde o número de negociações de dívidas subiu 16%, seguida de Joinville, com 15,1% e Tubarão, com 14,9%.

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Explicações

Para a Facisc e a Boa Vista/SCPC, os números em Santa Catarina são explicados pelos bons índices de crescimento econômico encontrados no Estado. Apesar da alta no número de devedores, o aumento de pessoas tentando arrumar as contas sinaliza que o fato de o Estado ter aberto vagas de emprego está ajudando as famílias a ajustar as finanças.

No entanto, essa boa notícia para o setor de crédito deve ser vista com cautela, já que as perspectivas econômicas para o fim deste ano ainda não são animadoras. "Como já vem sendo alertado, a prioridade e a questão primordial é que possamos no momento construir a base e a estrutura para um crescimento vigoroso e principalmente que seja sustentável no longo prazo tanto no país como em Santa Catarina", diz trecho do relatório da pesquisa.