O número de consumidores que deixaram de pagar contas ao longo do mês de maio caiu em Santa Catarina. Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (Peic), feita pela Fecomércio-SC, mostram que o índice de inadimplência no período ficou em 15% — em abril o total estava em 15,7%. Se comparado com maio do ano passado, houve melhora. Há um ano, esse índice estava em 19,7%. Do total de inadimplentes, 8% afirmaram que não terão condições de colocar os débitos em dia. Ao todo, a Fecomércio estima que 53% dos consumidores do Estado possuem alguma dívida.
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Confiança dos empresários atinge menor nível desde outubro
De acordo com a análise da federação, os níveis de inadimplência estão estáveis e condizentes com a atual situação econômica. Além disso, a pesquisa conclui que os resultados de maio não apresentam risco elevado, já que o tempo médio com contas em atraso está em um patamar moderado — 63,5 dias contra 66,7 registrados em abril. Conforme a Fecomércio, dívidas vencidas por mais de 90 dias são consideradas preocupantes.
Além disso, a pesquisa ainda mostrou que a parcela de renda comprometida com dívidas está estável. Em maio, esse indicador ficou em 28,2%. A federação ainda concluiu que os consumidores catarinenses passam, em média, 9,3 meses comprometidos com o pagamento de débitos.
A pesquisa conclui que esse índice é considerado alto pois se entende que as dívidas estão sendo prolongadas com mais frequência. O motivo para isso, segundo a pesquisa, seria ainda a instabilidade econômica que força cautela.
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Cartão de crédito lidera dívidas
Assim como em meses anteriores, a pesquisa referente ao desempenho de maio mostrou que o cartão de crédito permanece sendo o principal agente de endividamento dos catarinenses. Ele é responsável por 70,4% das dívidas, seguido pelos carnês (43,7%), financiamento de carro (28%) e financiamento de casa (20,7%).
Confira cinco dicas para evitar dívidas com cartão de crédito
Entre as cidades analisadas, Florianópolis é o município com maior percentual de famílias endividadas (66%). Em seguida, Blumenau aparece com 55% e Joinville, no Norte do Estado, com 45%.