A inadimplência do consumidor do varejo registrou queda de 0,27% em junho na comparação com o mesmo mês de 2011, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgados nesta sexta-feira pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

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De acordo com as entidade, esta é segunda vez no ano em que houve queda do indicador, nessa base de comparação – em março, havia sido observado recuo de 11,95% em relação a março de 2011.

Também houve diminuição da inadimplência de maio para junho, de 9,44%. Como resultado, o calote ficou praticamente estável na primeira metade do ano, já que foi verificada variação de somente de 0,09%.

Conforme avaliação do SPC Brasil, a baixa na inadimplência indica que parte das famílias tem conseguido pagar suas contas em dia. A entidade ressaltou, porém, que no mês passado, houve queda de 1,1% na exclusão dos registros ao SPC em relação a junho de 2011. O resultado do ano até o mês passado ainda é positivo, com a recuperação do crédito em alta de 1,55%.

Os resultados de junho mostram uma inversão em relação ao crescimento da inadimplência e das exclusões, que vinha sendo observado nos últimos meses.

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Para o consultor da CNDL, Nelson Barrizzelli, a redução do calote no setor varejista é uma tendência que deve se aprofundar ao longo do segundo semestre até o fim do ano.

– O resultado de junho é uma boa notícia, pois esta era uma grande preocupação da sociedade. Para o fim do ano, podemos ter situação de desafogo. Não parece que mais famílias vão se tornar inadimplentes, não devemos ter uma explosão da inadimplência – afirmou.

Barrizzelli salientou que, em geral, o primeiro semestre historicamente é mais fraco em relação à redução da inadimplência. Ele lembrou que, normalmente, entre abril e maio há aumento das contas em atraso derivada dos gastos de fim de ano.

– O primeiro semestre é muito carregado, com compras a prazo, impostos, escola – enumerou.

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O consultor ressaltou que a diminuição da inadimplência já ocorre há alguns meses seguidos.

– A razão é que as contas com prazos mais curtos tendem a ser pagas com mais facilidade, enquanto as contas com prazos mais longos estão puxando o índice nesse conceito de redução – salientou.