A imprensa de Cuba destacou nesta segunda o desempenho do país nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Segundo o jornal Granma, órgão oficial do Partido Comunista do país, os atletas voltam para casa com o “dever cumprido” ao confirmarem a segunda colocação no quadro de medalhas, com 59 ouros, 35 pratas e 41 bronzes.

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– Cuba venceu uma titânica batalha contra um Brasil gigante, que expressou na atuação de seus atletas um alto grau competitivo e um grande esforço de combatividade após cada vitória – disse a publicação.

No balanço negativo, o jornal apontou a falta de renovação na ginástica artística e questionou os motivos que levaram os boxeadores a terem uma atuação tão fraca.

– Se muitos de nossos esportistas chegam com marcas entre as melhores do mundo, por que não se aproximam delas num evento fundamental como este – questionou o jornal.

Por sua vez, a revista Trabalhadores disse que Cuba teve “uma atuação destacável” e exaltou a manutenção da segunda colocação.

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– O desempenho no quadro de medalhas é adequado às nossas potencialidades atuais – comentou a publicação.

As duas publicações destacaram o crescimento do nível competitivo dos demais países da região – o que se reflete no fato de que 32 países conseguiram pelo menos uma medalha, e 19 chegaram ao lugar mais alto do pódio.

– É necessário mais treino, estudo e esforço para continuar reinando num contexto esportivo em que a rivalidade, a qualidade do adversário e os fenômenos da mercantilização e o roubo de cérebros cresce cada vez mais – disse a revista.

Em dois artigos, o líder cubano, Fidel Castro, denunciou a “repugnante compra e venda” de atletas, o “roubo” de cérebros e talentos aos países pobres, depois que dois dos principais boxeadores cubanos desertassem no meio dos Jogos.

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O líder cubano, convalescente há quase um ano de uma grave doença que o mantém afastado das tarefas de governo, qualificou as deserções de “traição” e denunciou a existência de uma máfia na Alemanha que se dedica a selecionar, comprar e promover boxeadores cubanos por meio de “métodos psicológicos refinados e muitos milhões de dólares”.