A Imperatriz Leopoldinense já definiu o samba-enredo que embalará seu desfile no Carnaval 2025. A escola levará para a Sapucaí o enredo “Ómi Tútu ao Olúfon – Água fresca para o senhor de Ifón”, que narra a jornada de Oxalá ao reino de Oyó para visitar Xangô, mergulhando nas tradições da mitologia iorubá.
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Confira a letra do samba da Imperatriz Leopoldinense
Vai começar o itan de Oxalá
Segue o cortejo funfun pro senhor de Ifón, Babá
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Orinxalá, destina seu caminhar
Ao reino do quarto Alafin de Oyó
Alá, majestoso em branco marfim
Consulta o ifá e assim
No odú, o presságio cruel
Negando a palavra do babalaô
Soberano em seu trono, o senhor
Vê o doce se tornar o fel
Ofereça pra Exú… um ebó pra proteger
Penitência de Exú, não se deixa arrefecer
Ele rompe o silêncio com a sua gargalhada
É cancela fechada, é o fardo de dever
Mas o dono do caminho não abranda
Foi vinho de palma, dendê e carvão
Sabão da costa pra lavar demanda
E a montaria te leva à prisão
O povo adoeceu, tristeza perdurou
Nos sete anos de solidão
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Justiça maior é de meu pai Xangô
No dendezeiro, a justiça verdadeira
(Meu pai Xangô mora no alto da pedreira)
Onde o banho de abô pra purificar
Desata o nó que ninguém pode amarrar
Transborda axé no ibá e na quartinha
Pra firmar tem acaçá, ebô e ladainha
Oní sáà wúre! Awure awure!
Quem governa esse terreiro ostenta seu adê
Ijexá ao pai de todos os oris
Rufam atabaques da Imperatriz
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Autores do Samba-Enredo
A composição vencedora é assinada por Me Leva, Thiago Meiners, Miguel da Imperatriz, Jorge Arthur, Daniel Paixão e Wilson Mineiro, um time de talentos que garantiu uma melodia e letra marcantes para o desfile.
Explicação do Enredo
O enredo “Ómi Tútu ao Olúfon – Água fresca para o senhor de Ifón” traz para a Sapucaí a saga de Oxalá, divindade associada à criação e à sabedoria, em sua jornada ao reino de Oyó para visitar Xangô, o orixá da justiça e dos trovões.
A narrativa explora os desafios enfrentados por Oxalá ao longo do caminho, incluindo a desobediência a um presságio e as provações impostas por Exu, o mensageiro dos deuses, que resultam em um período de sofrimento e solidão.
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A história culmina com a redenção e a justiça de Xangô, reforçando valores como fé, resistência e renovação espiritual. Com esse enredo, a Imperatriz Leopoldinense mergulha na mitologia iorubá e celebra as raízes africanas do samba, prometendo um desfile repleto de simbolismo, emoção e religiosidade.
Histórico de Títulos da Imperatriz Leopoldinense
A Imperatriz Leopoldinense é uma das escolas mais vitoriosas do Carnaval do Rio de Janeiro, com nove títulos conquistados no Grupo Especial. Confira os anos e enredos que levaram a escola ao topo:
- 1980 – O que que a Bahia tem
- 1981 – O teu cabelo não nega
- 1989 – Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós
- 1994 – Catarina de Médicis na corte dos Tupinambôs e Tabajeres
- 1995 – Mais vale um jegue que me carregue que um camelo que me derrube, lá no Ceará
- 1999 – Brasil mostra a sua cara em… Theatrum Rerum Naturalium Brasilie
- 2000 – Quem descobriu o Brasil, foi seu Cabral, no dia 22 de abril, dois meses depois do carnaval
- 2001 – Cana-caiana, cana roxa, cana fita, cana preta, amarela, Pernambuco… Quero vê descê o suco, na pancada do ganzá
- 2023 – O Aperreio do Cabra que o Excomungado Tratou com Má-querença e o Santíssimo não Deu Guarida
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Para vivenciar a emoção deste samba-enredo, confira o clipe oficial abaixo:
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