A votação do segundo processo de impeachment contra o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) foi adiada nesta quarta-feira (9). A sessão estava marcada para a próxima segunda-feira (14), mas foi cancelada por decisão do presidente do Tribunal do Julgamento, desembargador Ricardo Roesler, que atendeu pedido do deputado Valdir Cobalchini (MDB) para prorrogar a votação. A nova data ainda não está definida.

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O processo pede o impeachment do governador de SC por conta da compra dos 200 respiradores por R$ 33 milhões no início da pandemia do novo coronavírus, além de outras ações tomadas pelo governo durante a crise de saúde, como a tentativa de construção de um hospital de campanha, que acabou não se concretizando.

A informação sobre um possível adiamento foi antecipada pelo colunista Ânderson Silva, no início desta tarde. No pedido, o deputado apontou a falta dos documentos que estão no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o relatório da Polícia Federal (PF) de que Moisés não cometeu crime na compra dos equipamentos. 

Conforme apurou a coluna, nos bastidores há uma preocupação que passa por políticos e pelo Judiciário em relação à pandemia no coronavírus nos próximos meses em Santa Catarina. Nesse sentido, existiria um temor de que eventual nova troca do governo possa complicar ainda mais o cenário do coronavírus. O Estado aproxima-se do colapso por conta da ocupação de leitos de UTI.

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Logo após saber sobre o adiamento da sessão, Moisés falou à CBN Diário que considera “muito razoável” a decisão, devido a necessidade de incluir os documentos para análise no processo:

– Entendemos que existem peças importantes que fazem parte do conjunto probatório e que isentam, inclusive, o governador do Estado de responsabilidade e que não estão nos autos. Penso que é muito razoável a suspensão para que esses documentos aportem ao processo para que a gente tenha condições, então, de cada magistrado exercer seu papel com independência, mas obviamente com informação e clareza do conteúdo dos autos.