Os deputados da comissão especial que analisou o segundo processo de impeachment contra o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), decidiram nesta terça-feira (13) dar continuidade ao processo. O governador é acusado pelo caso dos 200 respiradores comprados por R$ 33 milhões pagos de forma antecipada pelo Estado.
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A votação na comissão foi a primeira de pelo menos três que devem ocorrer até o possível afastamento do governador – o que pode acontecer já na semana que vem no processo do primeiro pedido de impeachment, sobre o aumento dos procuradores. Em uma sessão que começou quente, com discussões e fatos novos na mesa, a aprovação foi unânime entre os presentes.
Em cinco imagens do repórter fotográfico do Diário Catarinense, Diorgenes Pandini, confira os principais momentos da sessão:
O pedido de adiamento

Minutos antes da sessão começar, o advogado de defesa do governador Moisés entregou ao presidente da comissão, deputado Fabiano da Luz (PT), um pedido de adiamento da votação por 10 sessões. O motivo seriam fatos novos encontrados no inquérito em curso sobre os respiradores no Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
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O pedido foi endossado pela deputada Paulinha (PDT), líder do governo Moisés na Alesc, mas acabou negado.
Arquivos da CPI

Membro da CPI dos respiradores, que investigou o caso e também resultou em um pedido de impeachment do governador, o deputado Kennedy Nunes (PSD) chamou a atenção na sessão ao levar para o plenário os arquivos da CPI. Com a papelada na mesa, justificou as razões de ser contra o adiamento da votação e entrou em um debate com a deputada Paulinha.
Isolada

Líder do governo Moisés na Alesc, Paulinha mais uma vez esteve sozinha na defesa do governador em uma reunião no plenário. Apelou aos deputados por mais cinco sessões para que novos documentos fossem anexados ao relatório, como uma resposta do TCE-SC sobre o caso dos respiradores.
A saída

Após todos os requerimentos serem negados, Paulinha decidiu abandonar a sessão antes mesmo do início da leitura do relatório. Contrariada, disse: “Nada que eu disser aqui vai importar, está tudo decidido”. Kennedy Nunes chegou a fazer um apelo, mas a deputada saiu do plenário e não voltou mais, abstendo-se de votar.
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O resultado

Após quase três horas de leitura do relatório final da comissão, assinado pelo deputado Valdir Cobalchini (MDB), o presidente Fabiano da Luz (PT) abriu a votação. Sem Paulinha presente, o resultado foi unânime para a continuidade do processo contra Moisés e o arquivamento da investigação contra a vice, Daniela Reinehr.