Um impasse entre sindicatos tem atrasado a definição do reajuste dos empregados em hotéis, restaurantes e bares de Balneário Camboriú. O Sechobar – sindicato dos trabalhadores da categoria – reivindica um aumento de 12% nos salários, enquanto o sindicato patronal (Sindisol) ofereceu 9%. A sexta rodada de negociações ocorreu nesta quinta-feira e foi mediada pelo Ministério do Trabalho – sem acordo, ambos reclamaram da intransigência dos representantes.
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De acordo com a presidente do Sechobar, Olga Ferreira, o sindicato quer manter o mesmo reajuste do ano anterior. Enquanto uma nova reunião não é marcada, Olga afirma que os trabalhadores farão manifestações, a exemplo da que ocorreu na quarta-feira na Avenida Atlântica e ocupou mesas de restaurantes por cerca de três horas, e cogitam paralisar as atividades se não houver acordo.
– Nós estamos buscando apoio da federação em Florianópolis e vamos montar uma agenda de manifestações. O argumento do patronal é que outros segmentos fecharam em 8% o reajuste, mas então que nos deem a mesma carga horária. Nossa jornada é diferente não tem como comparar – ressalta.
A tesoureira do Sindisol, Karina Peters, explica que o ano foi atípico e difícil para o empresariado, principalmente em função das eleições e da alta nos insumos necessários ao setor. Segundo ela, o Sechobar reivindica um aumento real muito maior que a inflação.
– O empresariado está reticente em dar um aumento tão grande e depois não poder cumprir. O sindicato dos trabalhadores está muito intransigente. Em Brusque, por exemplo, já chegamos num consenso. O trabalhador precisa estar junto com o empresário – argumenta.
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