A votação da Lei Geral da Copa prevista para esta terça-feira foi adiada por causa da indefinição da data de votação do novo Código Florestal. A oposição quer atrelar a apreciação do texto à votação do código.
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Para tentar uma saída para o impasse, os líderes partidários acertaram com o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), um prazo de 24 horas para que ele defina a data para a votação do código. Maia disse que vai trabalhar para que a votação da Lei da Copa ocorra na quarta-feira.
– Teve entendimento no colégio de Líderes de que vamos dar 24 horas para discutir e debater melhor o tema do Código Florestal. Não há problema para votação da Lei Geral da Copa. Há entendimento, inclusive, dos procedimentos que devem ser tomados para a votação – explicou Marco Maia.
Em relação à votação do código, Marco Maia disse que há problemas que precisam ser solucionados antes de a matéria ser levada à votação.
– Temos problema para votação do novo código. Há uma divergência ainda na base, também com a oposição, que vamos ter que costurar até amanhã para poder garantir com maior tranquilidade a votação da Lei da Copa – disse Maia.
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O presidente da Câmara informou que, se não houver entendimento entre a oposição e o governo em relação à votação do Código Florestal, ele irá marcar a data para votação do código.
– Mas vou dar esse tempo ao governo para que ele possa unificar sua posição e ai vou marcar a data que pode ser em abril, pode ser ainda em março. Vamos ver qual a data melhor para se votar – declarou.
Para o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), o passo mais importante para a votação da Lei Geral da Copa foi dado nesta terça ao se fechar um acordo com os líderes da base governista em torno do texto a ser aprovado. Porém, como existe a polêmica em torno da votação do Código Florestal, segundo ele, foi feito o acordo para adiar a votação da Lei da Copa.
– Encaminhamos com os líderes do governo que vamos montar, ainda esta semana, uma mesa de discussão do mérito (do Código Florestal) entre os líderes da base e do governo. Porque é verdade que a polêmica está em torno de um item apenas, mas precisamos medir todas as consequências caso o resultado de votação seja esse ou aquele – disse.
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Segundo Chinaglia, é preciso levar em consideração a questão da produção, do meio ambiente, as futuras gerações e também a Rio+20.
– Estamos procurando ajustar tanto na base como na oposição para produzir o melhor. A discussão do mérito é para definir até onde é possível chegar na discussão do código.
De acordo com o líder do PSDB, deputado Bruno Araújo (PE), nem a própria base governista aceita votar a Lei da Copa sem ter uma data marcada para a votação do Código Florestal. Araújo disse que a oposição quer que o presidente Marco Maia defina uma data para a votação do código e seja avalista desta data para que então eles possam votar a Lei Geral da Copa.