Um novo projeto do Parque do Abraão, que deveria estar pronto desde o final de 2014, foi apresentado nesta semana pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) para uma equipe da prefeitura. Estão previstas a construção de pista de caminhada e ciclovia, equipamentos de ginástica, quadra poliesportiva, pista de skate, campo de futebol e horta comunitária.
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Apesar de não serem contra a obra, que beneficiará toda a comunidade, parte dos moradores vive o impasse de não saber para onde vai, já que as casas onde moram estão na área do parque. E o problema está sem definição há mais de um ano.
“Em novembro do ano passado, nós tivemos a última reunião com a Secretaria de Habitação. Eles pediram um prazo de 120 dias para a próxima e, agora, mais 30. Enquanto isso, nós estamos por conta da Defensoria Pública”,? explicou o pedreiro Sandro Oliveira, 46, que vive há 13 anos em uma das casas com a esposa, dois filhos, a sogra e dois cunhados.
Assim como a família de Sandro, mais sete estão na mesma situação.
Viviane Marcelino, 28, outra moradora, há cinco meses fechou o mercadinho da família por não saber qual será o futuro deles: “Não dava mais pra gente trabalhar sob essa pressão de ficar ou sair daqui. Pra não correr o risco de perder mercadorias, resolvemos fechar o mercadinho, que era da minha mãe, tinha passado para o meu irmão e, agora, era meu”.
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O projeto do Parque do Abraão é resultado de um termo de compromisso firmado entre a prefeitura municipal e a Construtora Cyrela, que seria a responsável pela execução da obra. “Esse projeto é uma reivindicação antiga dos moradores, é um acordo que começou a ser delineado nesta gestão. Conversamos com a construtora, que entendeu a importância de uma área de convivência nesse bairro onde ela está se inserido e aí foi feito esse termo de se compromisso para a construção desse espaço que qualifica o bairro como um todo”,? afirmou a superintendente do Ipuf, Vanessa Pereira.
Mas antes de ser implantado, será levado ao Ministério Público e Fatma, em abril, para análise, e também à comunidade do bairro.
“?Apresentamos para a equipe técnica da Prefeitura e para o prefeito, mas ainda temos que passar para o Ministério Público e, posteriormente para a comunidade do Abraão, que é a maior interessada nesse projeto?”, afirmou a arquiteta Larissa Trindade, da equipe técnica do Ipuf.