Os ânimos se exaltaram na sessão desta quinta-feira na Câmara de Blumenau, que chegou a ser suspensa. De um lado, vereadores da oposição que querem a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os problemas no transporte coletivo da cidade. De outro, a mesa diretora, aliada do governo, que demora em definir se haverá investigação.
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Ocorre que um dos cinco vereadores que assinaram o requerimento para a comissão pediu para retirar a assinatura dele, o que inviabilizaria a CPI. Há mais de uma semana a procuradoria da Câmara analisa se isso é possível.
A demora irrita os opositores, que tentaram obstruir a sessão. O vereador Ivan Naatz (PDT) diz que é inadmissível tanto tempo para uma análise.
Para acalmar e retomar a sessão, ficou acertado que o parecer será apresentado na próxima semana. O documento deve nortear a decisão do presidente Mário Hildebrandt (PSB). Há 15 anos a Câmara da cidade não instaura uma CPI.
O transporte coletivo da cidade está sob intervenção da prefeitura. Tanto o consórcio Siga, responsável pelo serviço, como a Empresa Nossa Senhora da Glória, integrante do consórcio e detentora de 66% do sistema, estão sendo administradas por interventores designados pelo poder público municipal.
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Há meses a empresa vem atrasando os salários dos funcionários, o que tem gerado paralisações mensais no serviço. A Glória passa por dificuldades financeiras e a dívida ultrapassaria os R$ 100 milhões.