As previsões que apontam efeitos de forte intensidade do El Niño durante a primavera colocam em teste a prevenção de eventos climáticos em Santa Catarina. Enquanto o pacote de obras da Defesa Civil ainda está longe de sair do papel, municípios, empresas e moradores se organizam diante do alerta de enchentes.

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Das noves ações de proteção de cheias projetadas pelo governo do Estado em 2013, apenas o radar meteorológico de Lontras ficou pronto. A ampliação das barragens de Taió e Ituporanga, imprescindíveis para segurar as águas dos rios no Alto Vale, tem prazo de conclusão para dezembro, após o pico das chuvas em excesso, previsto para novembro pelos meteorologistas.

Além disso, a maior estrutura de contenção de cheias do Estado, em José Boiteux, está ocupada por índios e sem manutenção há mais de um ano.

O El Niño já atua no Sul do país desde o outono e a previsão da Epagri/Ciram para os próximos dois meses é de chuva acima da média em todo o Estado. Os estudos mostram que a influência do fenômeno é mais significativa na primavera do ano em que ele começa a atuar. Mas apenas o monitoramento diário é capaz de garantir a previsão de detalhes meteorológicos e a possibilidade de eventos extremos.

– Esta estação já tem um aumento normal do volume de chuvas em Santa Catarina. Quando tem a influência do El Niño pode ficar pior, pois há aumento de precipitações e temporais com ventanias. Infelizmente ainda não conseguimos detalhar os próximos meses, mas apenas o que ocorre com uma semana de antecedência – explica a meteorologista da Epagri/Ciram Gilsânia Cruz.

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