Se as coisas não estão fáceis para os brasileiros, imagine para os imigrantes. Quando o assunto é digitalização de negócios, por exemplo, eles ficam em situação bem pior por causa do letramento digital, da impossibilidade de acesso à internet de qualidade, por terem celulares e computadores mais antigos e sem espaço para baixar aplicativos e câmeras.

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Por isso, organizações que atuam com populações refugiadas e imigrantes se adaptam para promover mais oportunidades de geração de renda e aprendizado no universo digital. A organização Círculos de Hospitalidade, por exemplo, ajudou na criação do perfil Empório Migrante (@emporio.migrante) no Instagram. A proposta do Empório Migrante é ser uma vitrine digital que conta histórias de refugiados e imigrantes empreendedores no Brasil, dos seus negócios, produtos e serviços.

Inicialmente os perfis são de imigrantes que vivem no Estado, mas a intenção é ter alcance nacional.

A inauguração do @emporio.migrante acontece nesta quarta-feira, dia 19 de agosto, inicialmente com perfis de Santa Catarina, mas com a intenção de ter alcance nacional. A venezuelana Anaurelys Gómez e seu marido, Ruben, estão à frente de um dos negócios promovidos pelo @emporio.migrante, a panificação @da.vene. O casal começou a empreender quando ainda vivia na Venezuela. Mas, por causa da crise no país vizinho, o negócio não prosperou.

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Pães, salgados e doces são produzidos pelo casal de venezuelanos
Pães, salgados e doces são produzidos pelo casal de venezuelanos (Foto: Divulgação / Círculos de Hospitalidade)

Em fevereiro, quando desembarcaram em Florianópolis, iniciaram o novo empreendimento: a produção de pães, doces e salgados, e de doces tradicionais venezuelanos. O casal participou de um programa de empreendedorismo oferecido pela Círculos de Hospitalidade e parceiros. Nascia ali a @da.vene, que vende pães sob encomenda e atende o norte da ilha. Os planos para o futuro incluem um lugar onde possam, além de produzir, receber os clientes de forma que se sintam em casa.