Imbituba está a postos para receber a elite do surfe mundial

Na próxima terça-feira, alguns dos melhores atletas do planeta na modalidade iniciam, na Praia da Vila, a disputa da penúltima etapa do WCT, o Hang Loose Santa Catarina Pro. O prazo se encerra no dia 5 de novembro. E a empolgação é tanta que a capital brasileira do surfe na próxima semana não quer deixar escapar nenhum detalhe. Comerciantes reforçam os quadros de funcionários e esticam horários de atendimento para não deixar os visitantes na mão. Escolas de idiomas estão de sobreaviso e vão disponibilizar profissionais para chamados especiais, de última hora, no que se refere à tradução.

Tudo para deixar atletas, imprensa e turistas que vêm da Austrália e Estados Unidos, principalmente, mais confortáveis e tranqüilos.

– É como se fosse uma Copa do Mundo de futebol. Ninguém quer perdê-la. A cidade vive o ano inteiro a expectativa do evento e se prepara para isso – afirmou o prefeito José Roberto Martins, para quem o sucesso da competição se deve à capacidade dos imbitubenses de interagir e firmar parcerias com as pessoas.

– Em muitas cidades, o WCT seria apenas mais um evento. Em Imbituba, ele é o evento – ressaltou.

Ausências de feras não desanimam

E apesar das ausências de estrelas como o norte-americano Kelly Slater, o havaiano Andy Irons e o australiano Mick Fanning, ninguém está desmotivado. O diretor de prova do WCT Brasil, Xandi Fontes, ressalta que outros surfistas de igual categoria darão um brilho especial ao evento.

– Nós teremos aqui o Mineirinho (Adriano de Souza) lutando para ficar entre os cinco melhores do mundo, algo difícil na carreira de qualquer atleta. Então, não é porque o título está decidido (Slater conquistou o campeonato na etapa da Espanha) que o evento será menor – disse Xandi.

A verdade é que o povo de Imbituba valoriza, e muito, a presença dos maiores surfistas do planeta na região. Por onde eles passam, um exército de fãs parte em busca de autógrafos, fotos ou, quem sabe, algo mais. A tietagem rola solto e nem mesmo as autoridades escapam dela.

O prefeito José Roberto Martins que o diga. Em 2007, enquanto pegava umas ondas, na Praia da Vila, viu Mick Fanning se aproximar dele.

– Entrei para surfar e, de repente, uma multidão se formou na beira da praia. Aí percebi o motivo da movimentação. É que o Mick Fanning estava surfando quase ao meu lado – contou Martins, que, neste ano, não poderá repetir a façanha por causa de uma hérnia de disco.

Investimento

A chegada de atletas e profissionais da imprensa de todo o mundo para cobrir o WCT levou empresários a investirem em tecnologia. A gerente administrativa do Praia Hotel Imbituba, Sonia Rosa, alugou uma antena para internet sem fio pelo valor de R$ 7,5 mil. Segundo ela, com a ocupação de cerca de 90% dos 64 apartamentos durante o evento, o investimento valerá a pena.

– É o momento de termos algum lucro. Estamos em baixa temporada e o WCT vai melhorar muito a situação – disse.