A imagem de um cachorro preto ajudou a Polícia Civil de Chapecó a desvendar um crime ocorrido na cidade no dia 23 de outubro. Naquele dia um carro foi incendiado com um homem ferido e agonizando dentro, que acabou morrendo carbonizado no acesso José Alfredo Travi, no bairro Santo Antônio.

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Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira o delegado Vagner Papini disse que a investigação foi bem difícil, levando seis meses, primeiro pela dificuldade de identificação a vítima, Cristiano Martins dos Santos, de 37 anos. Depois foi difícil chegar no proprietário do veículo.

– Algumas transferências não tinham sido formalizadas até que descobrimos que o veículo tinha sido levado para conserto num terreno com várias casas, próximo a um local de tráfico de drogas. No local a vítima foi chamada de Duque, que seria alguém que pratica crimes sexuais. O ofendido agrediu brutalmente quem o chamou de Duque, tendo que ser socorrido pelo SAMU – disse o delegado.

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O agressor saiu do local com medo de ser preso mas voltou posteriormente e passou a discutir com dois irmãos, um de 36 e outro com 29 anos. Um deles sacou a arma e atirou contra Cristiano. Depois eles colocaram o ferido num carro, levaram até o bairro Santo Antônio e colocaram fogo no veículo.

Olhando câmeras de videomonitoramento, a polícia chegou nos suspeitos.

– Verificamos o momento em que o veículo se desloca até o trevo e que um cachorro preto segue o carro. Posteriormente verificamos o momento em que dois indivíduos retornam pelo mesmo trajeto e o mesmo cachorro segue os dois. Também conversamos com motorista de transporte de lixo que passou pelo local e reconheceu parcialmente os suspeitos – disse o delegado.

O inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público, que ofereceu a denúncia. Os dois acusados do homicídio já estão presos por outros crimes, como tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. A vítima também tinha passagens policias.