Ela não é perdida, mas é a ilha perfeita para se passar momentos incríveis com alguém especial. A Ilha do Papagaio é o sonho para casais em lua de mel ou para quem quer fugir do cansaço, do agito e de praias lotadas no verão. Na chegada, um barco te leva até a ilha em uma travessia de menos de cinco minutos e na areia um funcionário espera com uma bandeja de drinks.

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De 146 mil metros quadrados, apenas 27 mil são ocupados, e a lotação máxima do local não passa de 60 hóspedes. Se escolher um período de baixa temporada, você poderá se sentir quase sozinho na ilha, só você e sua companhia escolhida.

A ilha está dentro da área de proteção ambiental da Baleia-Franca e tem oito trilhas que terminam com vistas únicas da região. Lá não há apartamentos, como se vê em muitas pousadas. No lugar deles estão 21 bangalôs – casas pequenas, algumas de madeira, com cara de casinha de boneca. Em uma delas, a varanda fica sobre o mar. Elas são divididas em três categorias. A Pérola (mais próxima do mar, com 80 metros quadrados), Coral (com sala e vista próxima ao mar e 50 metros quadrados), e a Estrela do Mar (a menor, com um quarto). Os preços das diárias na alta temporada variam de R$ 740 a R$ 1.090 para casal, com café da manhã incluído.

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Em um dos bangalôs, a varanda fica sobre o mar

Foto: Charles Guerra/Agência RBS

Fora dos bangalôs, um mundo verde dá boas vindas ao visitante. Por lá, vivem preás, lagartos, borboletas coloridas, diferentes tipos de flores e mais de 70 espécies de aves que desfrutam de três viveiros abertos onde ganham frutas e alpiste e podem voar à vontade.

A ilha tem dois helipontos, restaurante, bar, sala de ginástica e piscina. Para quem quer experimentar o gostinho da ilha, pode usar o Day Use. Um dia na ilha (das 10h30min às 17h30min) custa R$ 160 por pessoa, sendo metade para utilizar como crédito para consumo. A ilha é fechada para hóspedes de maio a agosto.

A mulher da casa da árvore

Se passar um fim de semana na ilha pode ser maravilhoso, imagine morar e trabalhar nela. Renata Sefton Sehn, 36 anos, sabe que nasceu privilegiada. Renata é neta de Ivo Sehn, que comprou a ilha em 1972 por 16 mil cruzeiros (menos do que custava um veículo Opala na época). Naquele ano, era possível comprar terras de Marinha pela lei chamada Laudêmio, que deixou de valer em 1979. A ilha não tinha árvores e era uma grande roça de mandioca onde os nativos também criaram bois e acreditavam que as ilhas não podiam servir para mais nada.

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Em 1993, Ivo inaugurou a pousada. Renata passou a infância na Ilha e depois morou em Ribeirão Preto e na Califórnia. Mas a ilha tinha outro destino para ela. Em 2009 se mudou de vez para o local e assumiu a gerência da pousada. Deu um toque feminino em tudo o que via. Na alta temporada, trabalha até 20 horas por dia, mas para Renata nada é cansativo, tudo é prazeroso.

Renata Sefton toma conta da pousada inagurada por seu avô

Foto: Charles Guerra/Agência RBS

A casa dela, como diz sua filha Sophia, de 4 anos, é parecida com a do Tarsan, foi construída praticamente em cima de uma árvore. Sophia e o pai Guilherme Leão, 46, moram em Florianópolis e visitam Renata todo fim de semana.

– Saio da ilha somente quando é muito necessário. Hoje não me acostumaria morando em outro lugar – diz Renata.

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Ilha do Papagaio

Onde: Palhoça, a 35 km de Florianópolis.

Como chegar: pela BR-101, passar o trevo da Praia do Sonho, entrar na rua 800 e seguir até a Ponta do Papagaio pela areia, uma caminhada curta. Se preferir ir de carro pela areia, é preciso cuidar para não atolar. No costão, barqueiros levam os turistas até a ilha).

Boa para: banho de mar, trilhas, sossego e privacidade.