A produção do tradicional recheio alemão, feito na cidade de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, receberá o certificado de Patrimônio Imaterial do Estado de Santa Catarina. O reconhecimento por parte do Governo do Estado de Santa Catarina, através da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), destaca as práticas socioculturais que envolvem esse prato gastronômico.
Continua depois da publicidade
Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp
A cerimônia de entrega do certificado acontece no próximo domingo (22) às 11h30, durante a Oktobertanz. O evento será realizado na cidade de São Pedro de Alcântara, depois do desfile histórico e cultural da festa.
A solicitação de registro do recheio alemão como Patrimônio Imaterial foi encaminhada à FCC pela Prefeitura Municipal de São Pedro de Alcântara, por meio da Casa da Cultura e Turismo, há três anos.
A comida é feita com miúdos e temperos e costuma ser usada para rechear frangos. Bastante popular, o recheio alemão é tradicional das festas comunitárias e prato que não pode faltar em reuniões familiares.
Continua depois da publicidade
A iguaria representa uma memória afetiva e de sociabilidade para descendentes e comunidades de imigrantes alemães.
Patrimônio Imaterial chegou a SC no século 19
A primeira geração de imigrantes alemães que chegou na região de São Pedro de Alcântara, por volta da 1829, foi quem começou a produzir o recheio alemão. A cidade é conhecida como a colônia de origem alemã mais antiga de Santa Catarina.
O frango era uma proteína mais acessível, e fácil de criar, por isso costumava estar presente nas casas e na mesa das famílias de imigrantes alemães da cidade.
Registros históricos fazem menção ao recheio de galinha, ou recheio alemão, também chamado pelo termo no idioma alemão de “Gefildene Hinhele” (galinhas recheadas). Os registros ainda indicam que receitas semelhantes eram encontradas na Alemanha e na Áustria.
Continua depois da publicidade
Leia também
Nova rodovia litorânea em SC, com seis faixas, tem custo estimado em R$ 9,2 bilhões
Empresário de SC que busca recorde no Guinness Book se aproxima do fim da viagem