A Paróquia da Paz, de Joinville, emitiu um comunicado em que desmente uma suposta invasão à igreja durante manifestação de alunos contra a demissão de uma professora da Faculdade Ielusc, na noite da última terça-feira (18). Segundo o posicionamento, os estudantes não entraram no espaço religioso em nenhum momento do ato.
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A manifestação aconteceu após a demissão da doutora em antropologia Maria Elisa Máximo, que lecionava na instituição particular há 15 anos. Com bandeiras e faixas, os alunos entraram no pátio da universidade e chegaram a ocupar o Deutsche Schule, local que abriga as salas da direção, secretarias e coordenações dos cursos.
Além de estudantes da universidade, participavam também do ato membros de partidos políticos e grupos sociais de Joinville.
Nas redes sociais, circularam informações de que os manifestantes teriam invadido a Paróquia da Paz, que fica no centro do pátio da instituição, onde também funcionam os ensinos fundamental e médio durante o dia, além do ensino superior no período da noite.
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Em nota, a Paróquia da Paz, parte da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Joinville, informou que a igreja não sofreu nenhuma invasão “antes ou durante o ato estudantil” e que “os sinos foram acionados como de costume, no ato da Oração do Pai Nosso”.
A paróquia ainda afirmou que “a Igreja da Paz compartilha a área com a instituição de ensino, o que gerou incômodo durante o culto em andamento, em razão do barulho e na saída dos participantes”.
Demissão após publicação contra bolsonaristas
Em contato com a reportagem do AN, a professora Maria Elisa Máximo confirmou que a demissão aconteceu na terça-feira. Ela estava afastada desde 3 de outubro, um dia após o primeiro turno das eleições.
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O desligamento foi motivado após ela se manifestar nas redes sociais, em 1º de outubro, contra bolsonaristas, contrariando uma recomendação da universidade — que orientava que os colaboradores evitassem se posicionar politicamente durante o período eleitoral.
Também procurada pelo AN nesta terça-feira, a Faculdade Ielusc optou por não se manifestar.
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