A Justiça determinou que o Instituto Geral de Perícias (IGP) de Joinville conclua até o fim deste mês a perícia dos documentos apreendidos na sede da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema) em setembro do ano passado, quando a Operação Simbiose veio à tona.

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A decisão é do juiz da 2ª Vara Criminal de Joinville, Gustavo Henrique Aracheski, que apontou como “improrrogável” o dia 30 de abril para a entrega dos laudos. Segundo anotou o juiz, a coordenação do núcleo de perícias técnicas já havia solicitado o adiamento da entrega com a justificativa de que os trabalhos terminariam até o final de março.

– Já estamos em meados de abril e, até o momento, tanto os laudos como o material apreendido não foram remetidos a Juízo – anotou Aracheski.

Os promotores Affonso Ghizzo Neto e Marcelo Gomes Silva aguardam a conclusão das perícias pedidas pela acusação em documentos, CDs e outros arquivos para usá-las como provas nas alegações finais contra os 11 denunciados pelo Ministério Público.

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Eles acusam o presidente exonerado da Fundema, Marcos Schoene, de priorizar os processos de licença ambiental da empresa Quasa Ambiental, tocada pelo filho dele, Rodrigo Schoene, e pelas filhas Bárbara e Mônica Schoene, que também foram denunciados. As irregularidades teriam acontecido enquanto Marcos Schoene foi presidente do órgão, entre 2009 e 2011.

Outros sete réus também respondem a processo, mas somente a ação ajuizada contra Marcos e Rodrigo já está na fase de audiências. As sessões foram suspensas em março e remarcadas para junho depois de ser concedido habeas corpus a Rodrigo Schoene. Ele chegou a ficar preso preventivamente por uma noite, dia 29 de fevereiro, após ser acusado de coagir testemunhas – em setembro de 2011, Rodrigo e o pai também passaram 17 dias presos preventivamente.