IGP de Joaçaba vai mudar de sede para atender melhor as demandas

A falta de espaços adequados para análises e para receber o público é o motivo de uma mudança que está prevista para o Instituto Geral de Perícias (IGP) de Joaçaba, no Meio-Oeste catarinense. Em um período de dois meses, o órgão deve atender em novo endereço.

O espaço, cuja sede ainda está em fase de negociação, deve atender melhor às demandas do órgão. Para se ter ideia da precariedade atual das instalações, documentos oficiais ficam armazenados no banheiro do IGP, que funciona desde 2008 em duas salas cedidas da Delegacia Regional de Polícia Civil.

A mudança também vai garantir ampliação nos serviços. Perícias em armas e de impressões digitais passarão a ser realizadas no local. Hoje, solicitações de exames deste tipo são encaminhadas para o IGP de Florianópolis e demoram cerca de três meses para ficar prontas, dado o grande volume de demandas no Estado.

Conforme o perito criminal Leandro Moreira, o órgão presta serviços para cerca de 20 municípios da região, tanto de perícias quanto de emissão de carteiras de identidade. E necessita de estrutura para separar os trabalhos internos do atendimento ao público, que hoje é feito nos mesmos espaços.

– Tem vários processos aguardando perícia. Com o novo espaço, será possível colocar tudo em dia. Hoje, temos que mandar quase metade das demandas para análises em outros locais – diz. Ele salienta que uma das justificativas para que o órgão não consiga realizar determinadas perícias é a falta de uma sala onde possam ser manipulados produtos químicos com segurança.

Bancadas específicas para os trabalhos são outra deficiência. O aluguel de um novo espaço foi autorizado nesta semana pelo secretário de Estado da Segurança Pública, César Augusto Grubba. No local, será instalado o Núcleo Regional de Perícias (NRP), que vai concentrar todos os serviços do gênero.

Delegacia da Mulher

As salas que hoje abrigam o IGP de Joaçaba deverão ser ocupadas por uma delegacia especializada no atendimento à mulher vítima de violência doméstica, que ainda não existe na cidade. A criação do novo órgão está em processo de negociação.