Empresário, jogador, um dos fundadores e atual presidente da Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH), Igor Tadeu Trafane, conhecido no meio por Igor Federal, tem colhido frutos do trabalho iniciado há cerca de dez anos, quando o poker era praticado por poucos e tinha uma maior carga de preconceito da sociedade.
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Como principal resultado no esporte, na mesa final do principal evento de poker no mundo, o WSOP (World Series of Poker), que será disputada em novembro em Las Vegas (EUA), vai estar o cearense Bruno Foster, primeiro brasileiro a chegar tão longe no torneio.
Na política, a etapa final do BSOP de 2013 contou com a presença do ministro do Esporte, Aldo Rebelo.
Em termos econômicos, a temporada de poker deste ano vai ser encerrada com total de R$ 25 milhões em premiação, R$ 5 milhões a menos do que a CBF pagou em prêmios no Brasileirão de 2013.
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Diante de uma reta final de mais uma etapa em Florianópolis, com 774 inscrições no evento principal, o “presida” destacou Santa Catarina como protagonista para o crescimento do esporte.
Diário Catarinense _ Qual representatividade de Santa Catarina no cenário nacional do poker?
Igor Federal _ Santa Catarina é tão representativo que, em 10 anos de BSOP, dez etapas foram disputadas aqui, em Balneário Camboriú ou em Florianópolis. Diria que somente São Paulo, Paraná e Santa Catarina sediaram eventos em todas temporadas do torneio.
Além disto, aqui é o berço da elite brasileira no jogo online. É um estado que tem atratividade turística, um clima ameno, bons serviços e isto atrai jogadores de destaque nacional, como é o caso do líder do ranking este ano, o Rodrigo Garrido, que é paulista, mas está morando em Gaspar (Vale do Itajaí).
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DC _ Quantas pessoas praticam poker no Brasil profissionalmente?
Igor Federal _ Com números da CBTH e de pesquisas em sites de poker online, posso afirmar que 4 milhões jogam poker no Brasil (o dobro de 2008). Deste total, estimo que menos de mil tenham o esporte como profissão, sua principal renda. Este número vem crescendo, porque o esporte tem atraído mais e mais gente. Depois do futebol, nenhum esporte paga tanto quanto o poker em termos de premiação. Agora, individualmente, nenhum bate o poker.
DC _ O Brasil tem pela primeira vez o poker pro Bruno Foster na mesa final do WSOP. Este é o ápice?
Igor Federal _ São vários ápices se formos analisar. Financeiramente, nós vamos terminar o ano pagando R$ 25 milhões em prêmios, R$ 5 milhões a menos do que a CBF pagou em 2013 no Brasileirão. No lado político, tivemos o reconhecimento do Ministério do Esporte em 2013, com a presença do ministro Aldo Rebelo na abertura do BSOP Millions, em São Paulo. E agora tem o Bruno lá entre os maiores, o que é demais. É como ter um atleta na final dos 100 metros livre. É um sonho realizado, é a consagração. Algo que vou ver de perto, com certeza.
DC _ Com tantos compromissos nos bastidores, sobra tempo para jogar?
Igor Federal _ Quando eu assumi a presidência, em 2009, eu falava que ia ajudar a construir a estrutura necessária para o poker se desenvolver e depois jogar baralho. Mas está difícil. Este ano eu só consegui jogar duas vezes.
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