Igor Amorelli encara o maior desafio da temporada neste sábado. E ele não estará sozinho na etapa Mundial do Ironman, em Kona, no Havaí, nos Estados Unidos. Outros 58 brasileiros vão encarar 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42,195 km de corrida. A maioria deles são atletas amadores e que vão dar apoio ao mineiro radicado em Santa Catarina ainda criança. Afinal, Amorelli é inspiração para eles por ser o maior nome do triatlo do Brasil.
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O triatleta desembarcou no Havaí cheio de esperança pelos cinco pódios conquistados desde o início do ano, entre eles os dois títulos na prova 70.3, metade da distância (Florianópolis e Manta, no Equador) e o segundo lugar na etapa brasileira (também na capital de Santa Catarina). Ele tenta seu melhor desempenho na competição e conta com torcida entre os competidores que vão dividir trajetos com ele.
— Pratico o triatlo há quatro anos e sempre me espelhei no Igor, até pela proximidade da minha cidade com a dele. Inclusive já consegui fazer alguns treinos com a equipe dele em Balneário Camboriú. Ele sempre foi minha referência, por ser um cara humilde e um grande atleta. Posso dizer que ele é um dos grandes responsáveis por termos tantos atletas de ponta surgindo em nosso estado — aponta Gustavo Rincaweski, de Blumenau, e que encara pela primeira vez o Mundial em Kona.
Para ter ideia da representatividade que Amorelli tem para a modalidade, os triatletas fazem referência à Fernanda Keller, que despontou há duas décadas e foi três vezes campeã da etapa brasileira e por seis vezes foi terceiro lugar em mundiais. Até agora, aos 34 anos, o brasileiro persegue resultados tão expressivos. A melhor colocação foi 13º lugar em 2013, mas no último ano ele atingiu o melhor tempo na prova, em 8h27m. No entanto, não são os resultados e a superação que encantam os demais brasileiros.
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O paulista Roberto Azevedo, que vai encarar o Ironman na categoria 65 a 69 anos, acompanha Igor há 10 anos, quando ele ainda não era conhecido no cenário do triatlo mundial.
— Conheci-o em uma etapa do Ironman 70.3 em Cancún, na minha primeira vitória internacional. Indo embora, vi um jovem entrando no ônibus e perguntei como ele tinha ido. Humildemente, respondeu que tinha ficado em quarta ou quinto, não lembro. Perguntei qual era a categoria e respondeu que era profissional. Desde então vejo que faz o que faz por amor. É um grande exemplo – aponta Azevedo, que foi vice de sua categoria no mundial do ano passado, também no Havaí.
A admiração de Gustavo e Roberto servem para que Amorelli dê um pouco mais de si no percurso pela água, sobre a bicicleta e com o tênis no asfalto. Ele vai chegar ao mundial em sua melhor temporada na carreira. Mas só vai poder fecha-la como de fato a melhor se tiver um resultado expressivo.
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— Eu me sinto honrado em saber que as pessoas se espelham em mim, apesar de não me ver desta forma. Eu me esforço sempre para ser o mais rápido possível e o melhor que posso no esporte. O fato de ter pessoas se inspirando em mim também serve de inspiração para eu ser um atleta cada vez melhor.
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