Igor Amorelli tem uma relação especial com o Ironman de Florianópolis. Ainda adolescente, veio à Ilha assistir a uma das primeiras edições da prova e se encantou com o esporte. Vivendo em Balneário Camboriú desde criança (nasceu em Belo Horizonte, mas mudou para o litoral catarinense ainda no primeiro ano de vida), Igor tinha uma ligação natural com o mar, gostava de surfar e começou a praticar natação. Daí para o triatlo foi uma questão de detalhes.

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– Na natação conheci um pessoal que fazia triatlo e resolvi experimentar. Em 2001 fiz uma prova de duathlon. Vim para Florianópolis para ver oIronman e gostei pra caramba. Em 2004 comprei minha bike e no ano seguinte disputei minha primeira prova de triatlo – conta.

O que ele não poderia sequer imaginar na época era a dimensão que o esporte ganharia em sua vida.

– Comecei a fazer triatlo por gosto, não pensando em virar profissional. Mas os resultados foram aparecendo, as coisas foram evoluindo, até que em 2008 decidi me dedicar somente ao esporte.

Começou competindo em distâncias curtas, com o short triatlo, passou para o triatlo olímpico, meio Ironman, até que, em 2012, veio a grande estreia. Sua primeira prova de Ironman, percorrendo as distâncias de 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida, não poderia ser em outro lugar que não Florianópolis. E logo de cara ele conquistou o pódio em Jurerê Internacional, ficando com a terceira colocação. No ano seguinte, chegou ainda mais perto da vitória, foi vice-campeão. O que esperar para este ano?

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– Ano passado fiz uma prova boa, mas abaixo do que esperava, não nadei bem. No entanto, mesmo que tivesse dado meu melhor, o cara que ganhou estava muito acima. Desta vez estou bem melhor, a cada prova sinto uma evolução, a expectativa é brigar pela ponta. Mas isso não significa nada, na hora da largada o favoritismo acaba.

Favoritismo esse que vem de uma temporada repleta de bons resultados. Em 2013, além do vice em Florianópolis, Igor foi o melhor brasileiro na final do Circuito Mundial de Ironman, a cobiçada prova em Kona, no Havaí. Ele ficou com a 13 colocação geral no evento.

-Kona é a principal prova do mundo, todo mundo quer ir, sonha, e era meu sonho também. Só de ter ido lá e participar já foi mais do que eu esperava. Este ano quero conseguir a vaga de novo e melhorar ainda mais minha colocação.

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Aos 29 anos, o catarinense treina pesado para colocar seu nome de vez entre os maiores do esporte e dar a primeira vitória do Ironman Florianópolis a um brasieiro. Por semana, são pelo menos 18km de natação, 400 km de pedal e 80 km de corrida. Não restam dúvidas de que ele está completamente focado para o desafio deste domingo. E a relação especial com a prova continua.

– O Ironman é uma prova diferente de todas as outras, a comunidade inteira do triatlo está aqui, entao você tem que estar bem concentrado, tento treinar e já voltar direto para casa, ficar descansando, para não perder o foco. Para mim, o principal diferencial é ser em casa, com o público brasileiro, que é o melhor que tem, perto dos amigos, da família. Tomara que tenha pra sempre o Ironman aqui.

Os olhos brilham ao falar sobre seu maior sonho no esporte:

– Ah, ganhar Kona. E aqui também, em casa – conclui Igor.