Desde que foi criado, em 2008, o programa de assistência aos idosos da Telehelp, era um aliado no dia a dia de dona Josefa Siedsehlag, de 84 anos.
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-É como se fosse meu marido-, define.
Um aparelho conectado ao telefone e um bipe ao alcance das mãos permitia que ela e os demais idosos assistidos pelo programa acionassem socorro toda vez que se sente mal apenas apertando um botão.
Os atendentes ficam responsáveis por acionar um familiar ou uma ambulância, conforme a gravidade. Josefa, que mora sozinha, já precisou utilizar o serviço três vezes. Em uma das ocasiões, ela sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e foi levada às pressas ao hospital.
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Nas outras situações, ela sentiu tontura e um forte mal estar. Uma ambulância do Samu foi chamada para prestar atendimento. Os profissionais não precisaram conduzi-la ao hospital, mas foi necessário medicá-la.
Porém, o serviço que dá tranquilidade a dona Josefa e aos demais idosos foi interrompido pela Prefeitura no ano passado.
De acordo com a Secretaria de Assistência Social, o convênio de tele-assistência não foi mais renovado porque o serviço é muito caro _ cerca de R$ 240 mil por ano _ e aproximadamente 80% das pessoas atendidas não utilizavam mais o aparelho.
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A versão da Prefeitura é contestada pela empresa que disse não ter sido comunicada formalmente sobre o fim do contrato e afirmou que o serviço é muito procurado pelos idosos da cidade. A Telehelp informou ainda que mantém os serviços de 346 usuários gratuitamente desde junho.
-Para que os idosos não percam a assistência, a Telehelp mantém o serviço gratuitamente aguardando um posicionamento da Prefeitura-, comunicou a empresa por meio de sua assessoria.
O presidente da Telehelp, José Carlos Adri de Vasconcellos, disse que pretende se reunir com a Prefeitura para discutir o assunto. A Prefeitura pretende estudar a possibilidade de renovar o convênio apenas no ano que vem.
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-Como assim vão tirar? Se nós ganhamos? Isso é o nosso socorro. Se estou ruim, corro e chamo eles-, questionou dona Josefa.