O aposentado Luiz Avila, de 79 anos, morador do bairro Capoeiras, em Florianópolis, está há dois meses sem receber o medicamento Entacapona da farmácia-escola da UFSC. Já o Mantidan está em falta há 30 dias. Os dois remédios são para tratamento do mal de Parkinson, diagnosticado em 2001.
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— O Entacapona é o mais caro que eu tomo: uma caixa custa R$ 175 e eu uso quatro por mês. Isso dá R$ 700 só com esse — destaca Luiz.
Com o passar do tempo, novos sintomas vão aparecendo e outros vão se intensificando, por isso Luiz também precisa aumentar as doses dos remédios.
— Vou religiosamente às consultas, tomo os remédios na hora certa. Quando comecei o tratamento, tomava um comprimido. Depois passou para dois, para quatro. Hoje tomo 30 por dia e o Mantidan e o Entacapona são os principais – conta o aposentado.
Com a falta dos remédios, Luiz está com a perna mais rígida, o que prejudica e até impede o andar. Também tem mais tremuras e insônia, piorando muito sua qualidade de vida. Para amenizar a situação, ele tem pedido dinheiro emprestado.
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— Não é a primeira vez que falta remédio. Eles são obrigados a me dar. Meu rendimento não dá, então preciso pegar dinheiro emprestado. E quem vai me ressarcir depois? — questiona ele.
A SOLUÇÃO
A farmácia-escola da UFSC é administrada pela prefeitura de Florianópolis, mas os medicamentos são fornecidos pelo Estado. Em resposta à reportagem, a Secretaria de Estado da Saúde informou que a entrega do medicamento Entacapona estava prevista para esta sexta-feira, 5 de janeiro, até o final do dia. “A expectativa é que na semana que vem já seja entregue aos pacientes que fazem uso do medicamento”. Quanto ao Mantidan, informou que “está em processo de compra”.
ONDE COBRAR
A farmácia-escola da UFSC fica no Campus Universitário do bairro Trindade, em Florianópolis. O email de contato é farmaciapmfufsc@gmail.com e o telefone é (48) 3721-2278.
Para informações e reclamações na ouvidoria da Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina, ligue 0800-482-800.
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