Um idoso de 66 anos foi denunciado após suspeita de abusar das duas enteadas em Caibi, no Oeste de Santa Catarina. De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o crime ocorreu na casa da família e no local de trabalho do homem, que responde ao processo em liberdade. A mãe das crianças também foi denunciada pelo caso.
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Segundo a denúncia, os crimes ocorreram entre 2020 e 2021, quando as vítimas tinham 11 e 13 anos de idade. Os abusos teriam ocorrido em dois lugares: na casa da família e em uma agência da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), onde o homem trabalhava. Em uma das situações, ele teria levado uma das vítimas até a empresa e oferecido presentes, doces e roupas íntimas para ela, além de cobertas e travesseiros.
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Ainda segundo a denúncia, ele teria pedido uma das meninas em namoro e lhe ofertado um celular. Outro ponto alega que, após uma das vítimas negar as investidas, o réu teria retirado os presentes entregues à ela e os alimentos da família, dizendo que todas passariam fome caso ela não cedesse.
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A companheira do acusado, que é mãe das vítimas, também foi denunciada por estupro de vulnerável. Isto porque, de acordo com a denúncia, ela permitia os abusos sexuais, inclusive dentro de casa. Além disso, ela teria autorizado o “namoro” do homem com uma das filhas.
O MP a denunciou, ainda, por favorecimento à exploração sexual de vulnerável. Como a mulher não trabalhava, ela teria dito as filhas que o padrasto só continuaria arcando com o pagamento das despesas da casa, como alimentação, se elas cedessem as investidas sexuais. O argumento é de que elas estariam ajudando a mãe e seriam presenteadas.
Após oferecer a denúncia, a Promotora de Justiça Silvana do Prado Brouwers também pediu a prisão preventiva do homem, mas ele foi negado. Apenas foram aplicadas medidas cautelares contra ele, como proibição de manter contato com as vítimas e de se ausentar da região, além do recolhimento domiciliar entre 20h e 6h.
A promotoria também pediu que a Casan seja notificada para que apure as condutas do homem na empresa. Em nota, a companhia informou que está apurando os fatos internamente e que espera a notificação do Poder Judiciário para tomar as providências administrativas cabíveis;
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“A Casan está apurando internamente os fatos. Como envolve um possível crime dentro das dependências da Companhia, é preciso aguardar a notificação oficial pelo Poder Judiciário para tomar as providências administrativas cabíveis”.
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