Idoso de 70 anos é levado por familiares para Curitiba após não conseguir vaga em UTI de hospital de Joinville

Um idoso de 70 anos, em coma induzido, teve que ser levado por familiares para Curitiba após não conseguir vaga na UTI do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville. Renato Rui Storrer mora na Enseada e foi levado até a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de São Francisco do Sul após estourar uma úlcera no estômago. No entanto, ele foi encaminhado para a unidade joinvilense ainda na noite da última segunda-feira para receber o atendimento.

Leia as últimas notícias sobre Joinville e região no AN.com.br

Segundo a nora Marcia Junqueira, não havia ninguém no Hospital Regional para realizar o exame gástrico que poderia identificar o que havia acontecido com o sogro, que permaneceu no local durante a madrugada. Pela manhã, Renato teve uma parada respiratória e foi colocado em coma induzido. Marcia conta que o idoso foi colocado em uma sala de sutura durante todo o dia porque não havia vagas na UTI.

– Disseram que não tinha vaga no Regional e ninguém foi atrás para procurar. Ele ficou lá à espera de um milagre. Depois descobrimos que o nome dele nem estava na lista de espera para uma vaga na UTI – lembra.

Recentemente, Renato venceu a luta contra um câncer na garganta após tratamento realizado em Curitiba. Como a família tem uma parente que trabalha em um hospital na cidade paranaense, foi encontrada uma vaga na UTI do Hospital Evangélico para que Renato pudesse ser internado. Os familiares tiveram que pagar um serviço particular para transportar Renato até o estado vizinho na madrugada desta sexta-feira.

– Se a família não tivesse brigado e corrido atrás, ele tinha ficado lá e só por Deus – desabafa.

O que diz o Hospital Regional:

A assessoria de imprensa do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt informou que a unidade conta com 20 leitos de UTI que, geralmente, estão ocupados. Quando chegam novos pacientes que precisam ser internados na unidade intensiva é emitido um aviso para a Central de Regulação, que é responsável por procurar um leito em todo o Estado.

Segundo a assessoria, enquanto os pacientes aguardam uma vaga na UTI, eles são acomodados em outros locais do hospital que contam com estrutura necessária para o atendimento e os aparelhos médicos, como a sala de emergência e a sala de sutura.

Sobre o caso de Renato Rui Storrer, o hospital informou que assim que o paciente passou mal foi levado para a sala de emergência da unidade. Na mesma hora, foi feito o pedido de vaga na UTI para a Central de Regulação, tendo início a procura por um leito.

No entanto, como a família pediu a transferência para um hospital de Curitiba, a busca por uma vaga encerrou. A assessoria ainda esclareceu que o Samu não realiza o transporte de pacientes para hospitais de outros Estados.