Depois de horas de julgamento, o idoso acusado de matar a médica Lúcia Schultz, 59, em Itapema, foi condenado a 17 anos de prisão. O feminicídio aconteceu em 2020, mas o desfecho veio nesta quinta-feira (24). O júri reconheceu as duas qualificadoras trazidas pelo Ministério Público. O homem não poderá recorrer em liberdade.

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Ireno Nelson Pretzel, 66, estava preso desde abril do ano passado, depois de ser encontrado na casa da nova namorada, no Rio Grande do Sul. Conforme a sentença lida pelo juiz Marcelo Trevisan Tambosi nesta noite, a condenação de 17 anos e seis meses foi pelo homicídio qualificado por feminicídio e asfixia. O regime inicial deve ser fechado.

Lúcia e Ireno mantinham um relacionamento desde 2013. A perícia apontou que a médica foi morta por estrangulamento em 20 de março de 2020 e o homem confessou a autoria do crime. Minutos após o crime, ele chegou a fugir do local e ir até Gaspar na casa de um filho, mas acabou retornando ao apartamento em Itapema onde foi preso em flagrante.

A Justiça chegou a decretar a prisão preventiva de Ireno, que ficou preso até julho daquele ano. Contudo, o mesmo juiz que determinou a detenção, entendeu que o homem poderia responder em liberdade.

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Um novo pedido de prisão preventiva só foi expedido em setembro, mas Ireno só foi localizado em abril do ano seguinte. Quase um ano depois, o julgamento ocorreu. A sessão começou pela manhã e a decisão foi proferida pouco antes das 19h. 

Defesa vai recorrer

O advogado de Ireno, Alex Romito, avalia que a pena foi alta e que, por isso, recorrerá a instâncias superiores. Ireno manteve a versão dada no dia do crime e contou que matou a companheira durante uma discussão, em que teria levado um tapa no rosto.

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