Senhora é transportada com saco de lixo na cabeça dentro de ambulância

Segundo Michele da Rosa Mello, que está afastada do trabalho por problemas de saúde, dona Ivonete ficou quatro dias internadas no setor de emergência do Regional, e no quinto dia, foi transferida para o 5º andar, onde esperaria por uma cirurgia.
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— Como o equipamento de tomografia estava quebrado no Hospital Regional — ao menos foi o que eles falaram — deslocaram ela na última sexta, às 11h, para fazer o exame na clínica Baía Sul. Lá ela foi muito bem tratada. Mas como minha mãe pesa 150 quilos, ela não pode fazer o exame naquela máquina também. Só que ela passou muito mal no local, vomitou muito — contou a filha.
Os funcionários da clínica, de acordo com Michele, prontamente atenderam sua mãe e chamaram novamente a ambulância do Regional para encaminhar dona Ivonete ao Baía Sul.
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— Os profissionais da clínica explicaram tudo o que aconteceu ao técnico da ambulância. Aí ele disse para colocar o saco plástico na cabeça da minha mãe para ela não sujar o carro, caso vomitasse de novo. Ele disse que outras pessoas seriam transportadas ainda naquele dia na ambulância. Mas imagina se ela passasse mal? Ela poderia ser asfixiada com o plástico — afirma a filha.
Quando chegou ao hospital, dona Ivonete voltou ao quarto no 5º andar onde ainda aguarda a cirurgia. Segundo Michele, nem medicação mais ela está recebendo.
— Eles falaram ainda que a cirurgia nem deve sair este ano — reclama.
Secretaria de Saúde não se manifesta
Nesta segunda-feira, Michelle e o irmão foram até a Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami) de São José para registrar um boletim de ocorrência de maus tratos. A Hora procurou o delegado responsável para falar sobre o caso, mas a equipe está em recesso e ninguém pode falar sobre o assunto no local.
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A Secretaria de Estado de Saúde, responsável pela gestão do Hospital Regional de São José, também foi procurada. Mas a assessoria de imprensa respondeu que toda equipe está de recesso e ninguém poderia responder pelo caso, nem da Secretaria, nem da direção do Regional. Somente depois do dia 9 de janeiro que averiguariam sobre o caso. Não foi confirmado qual o procedimento correto neste tipo de situação, e nem quando dona Ivonete passaria por uma cirurgia.