Ficar dias internada para receber quimioterapia já faz parte da rotida de Marlene Scheurich, 65, há um ano e meio. Porém, o tratamento no Hospital Santo Antônio, em Blumenau, não a impede de fazer uma das coisas que mais gosta: crochê. Toda a produção é doada aos recém-nascidos da unidade.
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Apaixonada pelas linhas, Marlene já ajudava a instituição antes mesmo de descobrir o câncer. Ela participou ativamente das ações sociais do hospital, confeccionando durante anos os polvos do projeto Octo, que traz maior conforto aos bebês.
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A idosa transborda talento. Faz suéteres, toucas, meias e luvas enquanto aguarda a sessão acabar. Recentemente, sem as agulhas nas mãos, ficava mais quieta. A tristeza foi percebida pela fisioterapeuta Ellen Santana, que resolveu dar uma força:
— Algumas semanas atrás alguém colocou na caixa de doações do meu condomínio muitos rolos de linha para crochê. Eu estava de saída pro hospital e acabei levando os rolos para a Dona Marlene, minha paciente. É o passatempo dela enquanto está no hospital fazendo quimioterapia. Nos últimos dias ela estava mais calada, pois tinham acabado suas linhas, e, quando entreguei os rolos ficou muito feliz — finaliza.
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Os rolos de linha logo acabaram, mas uma empresa doou um kit de linhas e revistas para a mulher, que fez várias meias e toquinhas de bebê. Tudo foi doado aos pequenos pacientes.
