Se hoje Nardela é absoluto na condição de maior ídolo da história do Joinville, também não há dúvidas de que episódios como os títulos do Campeonato Catarinense de 1983 e 1984, conquistados em partidas decisivas contra o Figueirense, reforçaram o nome do ex-camisa 8 na memória do torcedor joinvilense.
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Àquela altura, o meia já era ídolo da torcida e principal cérebro do time na articulação das jogadas. E o Joinville, para o azar do Figueirense, jogava como uma máquina: em 1983, o JEC buscava o sexto título consecutivo.
Não só ganharia o sexto, como repetiria a façanha novamente no ano seguinte. Tanto em 1983 quanto em 1984, o troféu foi levantado após empate por 0 a 0 em Florianópolis, na última rodada do returno da fase final, com o Figueira amargando o vice consecutivamente.
-Por ter sido campeão seguidas vezes, o Joinville era o clube a ser batido, todo mundo queria nos derrubar. Fora a rivalidade que existia entre Joinville e Florianópolis. Eram jogos acirrados, muito difíceis-, lembra Nardela.
O equilíbrio era tanto, diz o craque, que a história dos duelos não teve final diferente por detalhes. O elenco do Figueirense, reconhece Nardela, talvez fosse igual ou até melhor do que o multicampeão Joinville.
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-Em 1984, eu via no Figueirense um time até um pouco superior. Como fomos campeões várias vezes, as pessoas pensam que ganhamos com facilidade, mas isso não existe. Trazendo para hoje, é uma situação parecida em termos de equilíbrio. Eles poderiam ter sido campeões, mas nós fomos mais competentes nos jogos finais-, aponta.
Apesar de ser o segundo maior goleador da história do JEC, Nardela não liderou a artilharia naquelas duas edições. Em 1983, o artilheiro do Catarinense foi Albeneir, do Figueira, com 23 gols. A marca foi superada no ano seguinte por Paulinho Cascavel, do JEC, com 27 gols. Quando lembra do próprio desempenho em campo, Nardela não nega que teve papel decisivo.
-Sempre tive regularidade no meu futebol, dificilmente havia altos e baixos. Naqueles dois anos, tive o mesmo comportamento e fui bem. Em 1984, fiz 13 gols e fui vice-artilheiro. Liderava o time em campo, tinha a condição de armador. Diziam que eu era o cérebro-, recorda o ídolo tricolor.