O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (10) que a chamada ideologia de gênero é "coisa do capeta" e que as leis existem para proteger as maiorias.
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Bolsonaro participou da Marcha para Jesus em Brasília, cumprimentou fiéis e subiu ao trio elétrico com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
— O presidente vai respeitar a inocência das crianças em sala de aula. Não existe essa conversinha de ideologia de gênero. Isso é coisa do capeta — afirmou.
A expressão ideologia de gênero, que não é reconhecida pelo mundo acadêmico, normalmente é usada por grupos que se dizem contrários às discussões sobre diversidade e direitos de minorias.
— Não discriminamos ninguém, não temos preconceito. E deixo bem claro, as leis existem para proteger as maiorias. O que a minoria faz sem prejudicar a maioria, vá ser feliz. Não podemos admitir leis que nos tolham, que firam os nossos princípios — disse.
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O presidente ainda fez críticas às variações de famílias que não são formadas por um casal de homem e mulher.
— Se querem que eu acolha isso, apresente uma emenda à Constituição e modifique o artigo 226. Lá está escrito que família é homem e mulher. Mesmo mudando isso, como não dá para emendar a Bíblia, vou continuar acreditando na família tradicional— afirmou.
No discurso, Bolsonaro fez comentários sobre a medida provisória que retira a obrigatoriedade de publicação de balanços de empresas em jornais de grande circulação.
— Não é retaliação, é facilitar a vida de todo mundo. Ninguém lê aquele negócio e o mundo progride, se aperfeiçoa — disse.
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Sem mencionar a fonte, ele disse que levantamento preliminar aponta que os jornais deixarão de ganhar R$ 1,2 bilhão por ano com a medida.
O presidente disse ainda que está em queda de braço com a Justiça para acabar com os radares eletrônicos no Brasil.
— E nas próximas semanas vou acabar também com os radares móveis que o pessoal fica atrás de uma árvore pra multar você num retão — declarou.