Foram identificados os autores do assassinato de Leosmar Martins, morto em 16 de fevereiro às margens da BR-280, em São Francisco do Sul. Leosmar era pai de Leonardo Nathan Chaves, acusado pela morte de Gabriella Custódio Silva em julho de 2019. Leosmar também era acusado de participação no crime contra a jovem, que era companheira de Leonardo.

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Segundo o delegado Rafaello Ross, após o depoimento de algumas testemunhas que estiveram com Leosmar no dia do crime, e por meio de trabalhos de investigação e inteligência, dois autores foram identificados e tiveram a prisão preventiva decretada pela Vara Criminal da Comarca de São Francisco do Sul.

— As investigações não apontaram ligações entre o dois casos. Os autores identificados já tinham relação anterior com a vítima, ambos são naturais do Estado da Bahia e estavam residindo em Piçarras, de onde se evadiram após a prática do crime — afirmou o delegado.

Os suspeitos foram indiciados pelo crime de homicídio qualificado, mas são considerados foragidos pela Polícia Civil.

O assassinato ocorreu na noite de 16 de fevereiro. A Polícia Militar e a Polícia Civil foram chamadas por volta das 21 horas, depois que moradores da região, perto do bairro São José do Acaraí, ouviram disparos de arma de fogo.

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Leosmar foi encontrado dentro do próprio carro com as mãos atadas com uma corda. Ele foi morto com um disparo de arma de fogo que transfixou a cabeça. Foram constatadas ainda várias lesões e escoriações nos lábios, pescoço e abdome.

Relembre o caso:

Gabriella Custódio Silva foi morta com um tiro por volta das 17h30 do dia 23 de julho na rua Arno Krelling, no Distrito de Pirabeiraba, na zona Norte de Joinville. Gabriella teria sido atingida por um disparo de arma de fogo dentro de casa, colocada no porta-malas de um Chevrolet Captiva e levada ao Hospital Bethesda.

Após deixá-la no hospital, Leonardo Nathan fugiu do local. A partir da placa do veículo foi descoberto que o proprietário era o marido da vítima. Leonardo alegou que o tiro foi acidental, mas foi acusado de feminicídio e está aguardando julgamento no Presídio de Joinville.

Leosmar foi indiciado por fraude processual e posse ilegal de arma em agosto de 2019, porque a arma utilizada no crime, que era dele, não era regularizada. Após a morte da jovem, ele alegou ter jogado a arma no Canal do Linguado, em São Francisco do Sul. Ele estava respondendo pelo crime em liberdade quando foi morto.

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O júri de Leosmar e Leonardo estava marcado para março, mas precisou ser suspenso por causa da pandemia do novo coronavírus.