Um dos maiores colaboradores e propagadores da cultura, o escritor Iaponan Soares de Araújo, de 75 anos, está sendo velado nesta quinta-feira no Cemitério Municipal São Francisco de Assis, no Bairro Itacorubi, em Florianópolis. O sepultamento será às 16h.
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Segundo informações da família, Iaponan faleceu nesta quarta-feira às 22h na Capital, vítima de falência múltipla de órgãos causada por complicações do Mal de Alzheimer, doença contra a qual ele lutava há uma década.
Pedagogo e historiador nascido na cidade de São Vicente, no Rio Grande do Norte, no dia 26 de novembro de 1936, Iaponan mudou-se para Santa Catarina na juventude, logo aliando-se a grupos culturais. Ele ocupava a cadeira 36 da Academia Catarinense de Letras.
Iaponan foi autor de diversos livros da literatura do Estado, com destaque para obras como Ernani Rosas (1968), Panorama do Conto Catarinense (que teve duas edições, uma em 1971 e outra em 1974), Três Narrativas da Insônia (1977), Vamos Conhecer Biguaçu (1985), Santo Antônio de Lisboa (1990), Estreito – Vida e Memória (1991), Ao Redor de Cruz e Sousa (1998), entre outras.
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Segundo a neta Amanda Feijó de Araújo, Iaponan tinha uma biblioteca com mais de 30 mil obras. Fazia parte da biblioteca o maior acervo literário do escritor Cruz e Souza no Estado. O intelectual foi também diretor da Fundação Catarinense de Cultura em duas ocasiões, além de ter atuado como diretor-geral do Arquivo Público do Estado de Santa Catarina.
– Ele era um grande admirador de obras de arte e também colecionador – contou a neta, por e-mail.
Os textos aprimorados do escritor também foram publicados nos jornais O Estado e Diário Catarinense. Ele era casado com Vera Noceti de Araújo, com quem formou uma família composta de cinco filhos e oito netos. Amanda escreveu para o DC de Buenos Aires, para onde viajou para acompanhar a tia Maria Raquel de Araújo e o marido dela, que está fazendo um curso de doutorado.
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– Ele teve sua passagem, seus momentos de luz. Foi um grande homem que deu sua vida pela valorização e pela preservação da cultura catarinense. Além de ser um humanista, uma pessoa que sempre respeitou ao próximo. Com certeza encontrará a paz em qualquer lugar que esteja. E certamente estará muito bem – escreveram Maria Raquel e Amanda.