O projeto que altera regras do ICMS de alimentos em Santa Catarina — principalmente do leite, do trigo e de alimentos e bebidas vendidos em bares e restaurantes — poderá ir à votação no plenário da Assembleia Legislativa de SC (Alesc) nesta terça (3). O texto final foi mantido como o original enviado pelo governo do Estado, sem alterações.
Continua depois da publicidade
> Receba notícias do DC via Telegram
Após uma confusão que se estendeu desde a semana passada na Comissão de Finanças da Alesc, a tramitação foi concluída sem as mudanças propostas pelo deputado Bruno Souza (Novo), que conseguiu na Justiça a suspensão da votação na semana passada. A ideia era ganhar tempo para apresentar alterações ao projeto original, o que Souza conseguiu fazer nesta terça. No entanto, todas as sugestões foram negadas e a Comissão de Finanças manteve o mesmo relatório da semana passada.
> ICMS em SC: o que muda para quem vende e quem compra leite, farinha e alimentos em bar?
Na prática, o novo texto apresentado por Souza nesta terça ampliava a redução do ICMS para todos os alimentos e bebidas vendidos por bares e restaurantes em SC. O texto original do Estado (que foi aprovado), reduz a alíquota dos alimentos para 7%, mas mantém em 25% a de bebidas quentes. Em seu voto, o deputado Bruno Souza defendeu o ICMS de 7% para todas as bebidas, argumentando que tal redução permitiria uma maior competitividade do setor, que foi um dos mais afetados durante a pandemia.
Continua depois da publicidade
Com a proposta de Souza negada, o projeto original do Estado vai para votação final no plenário da Alesc, onde todos os deputados estaduais deverão votar. A tendência é que a votação ocorra já na sessão desta terça à tarde.
Na Comissão de Finanças, apenas os deputados Bruno Souza (Novo) e Sargento Lima (PL) foram contrários ao texto original do Estado.
Como fica o ICMS
A proposta que vai à votação reduz o ICMS do leite e do trigo. No caso do primeiro, a alíquota seria reduzida de 17% para 7% e o produto seria incluído na cesta básica. Já para a farinha, a proposta é de conceder crédito presumido — uma dispensa de pagamento — até dezembro de 2023 aos estabelecimentos fabricantes no Estado.
Para bares e restaurantes, a alíquota referente ao fornecimento de alimentos será reduzida para 3,2%, caso o projeto seja aprovado.
Continua depois da publicidade
Leia também
Autorização inédita em SC vai permitir posto de gasolina sem frentistas
Convocada por engano em concurso em SC, candidata vai receber indenização após largar emprego
Inflação de abril sobe 0,97% em SC, puxada por transporte e alimentação
Setor agrícola espera crédito para safra; preços de produtos variam em SC