Depois de três pregões consecutivos de baixa, que resultaram numa desvalorização de 5,4% no período, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) dá sinais de recuperação nesta quinta-feira, ancorada na tentativa de alta esboçada pelo petróleo, ainda que hesitante, no desempenho favorável dos índices futuros das Bolsas de Nova York e na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto percentual para 12,25% ao ano, em linha com a as expectativas da maioria do mercado.

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São esses os motivos que estão por trás dessa alta de mais de 1% registrada pelo índice Bovespa logo após a abertura, voltando ao nível dos 69 mil pontos. Por volta das 10h25 (de Brasília), o Ibovespa subia 1,39%, a 69.625 pontos, na máxima do dia até o momento.

Com a queda de 1,91% ontem, o Ibovespa retrocedeu até os 68.673 pontos, menor patamar desde 30 de abril, dia em que o Brasil conquistou sua primeira nota de grau de investimento, da agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P). Mais a perda foi norteada pelas ações da Petrobras e da Vale, as duas principais representantes do setor de matérias-primas (commodities) na bolsa brasileira.

E hoje esses papéis devem continuar norteando os negócios. O petróleo ensaia uma pequena recuperação esta manhã, negociado na faixa de US$ 123 o barril, repercutindo o aumento dos estoques semanais de gasolina nos Estados Unidos que levou ao entendimento de que a demanda pelo combustível está diminuindo.

Já os metais operam em baixa no exterior. Às 10h19 (de Brasília), as ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN) da Petrobras subiam 1,12% e 1,37%, respectivamente, enquanto as ações ON e PN classe A (PNA) da Vale tinham alta de 0,61% e 0,87%, respectivamente.

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Estados Unidos

Em Wall Street, os índices futuros das Bolsas de Nova York estão em alta, com investidores de olho nos anúncios de vendas das grandes varejistas do país e numa possível oferta da Verizon Wireless pela Alltel, no setor de telefonia.

A queda no número de pedidos de auxílio-desemprego, unido indicador econômico previsto para hoje, foi bem recebido. Os pedidos recuaram 18 mil na última semana, para 357 mil, contrariando previsões de crescimento de 3 mil. Por volta das 10h20 (de Brasília), o futuro do Nasdaq-100 subia 0,35% e o futuro do S&P 500 avançava 0,31%.