Nas compras mensais de Donizete Carlos da Silva, 42 anos, entram poucos alimentos orgânicos, produtos light ou diet (sem açúcar). Boa parte do salário de R$ 413, como ajudante de carga e descarga, é gasta com feijão, arroz, carne, leite, pão – itens básicos da alimentação. Saber o peso que a comida tem nos gastos familiares e como ela molda o perfil de brasileiros como Donizete são duas informações que começam a ser levantadas nesta segunda-feira, para a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009.
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A iniciativa é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e irá abranger 65 mil domicílios em todo o Brasil. Os resultados vão servir para cálculos importantes, como o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que ajuda a medir a inflação no País. Feita de cinco em cinco anos, com duração de 12 meses, esta edição da pesquisa terá uma novidade: será levado em consideração o consumo de alimentos orgânicos, outros produtos e fatores relacionados à nutrição do brasileiro.
Serão coletatos dados em casas particulares tanto de áreas urbanas quanto rurais. Cada local será acompanhado durante nove dias pelos pesquisadores, segundo a supervisora regional da POF em Joinville, Talita Schroder. Ela lembra que é importante que as famílias recebam bem os pesquisadores e tenham paciência em responder às perguntas. Em Santa Catarina, cerca de 3 mil lares devem ser visitados. Joinville, por ser a cidade mais populosa, terá 312 domicílios levantados, o maior número do Estado.